CENSURA, MEDO & COBARDIA...
Por
E - Pá
Sobre a "charia & derivados" não vou adiantar muito, porque para além da crueldade da pena, o problema central entronca-se, primeiro, na "não-separação" entre a religião e o Direito e, consequentemente, a "não-existência" de Estados laicos - os Estados modernos pós-Revolução Francesa.
Já a determinação do Director da BBC - Mark Thompson - que "proibiu qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos", merece-me outros comentários. Mr. Thompson é um católico praticante e não será de estranhar que, qualquer dia, proíba ironias relativa à ICAR, ou a Bento 16.
Há sempre um começo por piedosas razões (agora chamam-se "sensibilidades religiosas"), há precedentes com situações artísticas... Depois, a sua atitude consagra a vitória do Estado securitário, censório (não tenhamos medo das palavras), sobre as liberdades fundamentais.
O medo apossou-se da Europa.
O medo depende das ameaças da sensação de insegurança, dos meios disponíveis para a nossa defesa, etc., mas a cobardia que o Mr. Thompson revela é pior que o medo, sendo subsidiária da falta de carácter.
Dizia Victor Hugo:
"É pela ironia que começa a liberdade"...
E - Pá
Sobre a "charia & derivados" não vou adiantar muito, porque para além da crueldade da pena, o problema central entronca-se, primeiro, na "não-separação" entre a religião e o Direito e, consequentemente, a "não-existência" de Estados laicos - os Estados modernos pós-Revolução Francesa.
Já a determinação do Director da BBC - Mark Thompson - que "proibiu qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos", merece-me outros comentários. Mr. Thompson é um católico praticante e não será de estranhar que, qualquer dia, proíba ironias relativa à ICAR, ou a Bento 16.
Há sempre um começo por piedosas razões (agora chamam-se "sensibilidades religiosas"), há precedentes com situações artísticas... Depois, a sua atitude consagra a vitória do Estado securitário, censório (não tenhamos medo das palavras), sobre as liberdades fundamentais.
O medo apossou-se da Europa.
O medo depende das ameaças da sensação de insegurança, dos meios disponíveis para a nossa defesa, etc., mas a cobardia que o Mr. Thompson revela é pior que o medo, sendo subsidiária da falta de carácter.
Dizia Victor Hugo:
"É pela ironia que começa a liberdade"...
Comentários
"É do teu medo que eu tenho medo"