Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
A acção de Hu Jia tem-se repartido pela defesa da liberdade de expressão, por acções de defesa do meio ambiente e em iniciativas contra a discriminação dos doentes de SIDA.
Faz-nos falta em Portugal...
Este prémio Sakarov podia ajudar-nos a iluminar o STJ.
"Quase um ano depois de ter sido conhecida a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que considerou legítimo o despedimento de um cozinheiro infectado com HIV, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) veio confirmar a decisão.... " 2.10.08.
Precisamos de muitos Hu Jia a ver se não temos estas "embrulhadas" entre o Tribunais de Relação e o STJ.
Este acto discriminatório - uso do meu direito de discordar das sentenças uma vez acabado o trânsito em julgado - não honra (é o mínimo que devo dizer) a magistratura portuguesa.
Entretanto, HU Jia, é considerado pelo governo chinês um "criminoso".
Espanta-me como um texto linear como a Declaração Universal dos Direitos Humanos pode ter tantas interpretações...