O 1.º ano de Marcelo Rebelo de Sousa - o PR
Nunca pensei que, um ano volvido após a eleição do novo inquilino de Belém, lhe prestasse homenagem. Votei em Sampaio da Nóvoa e, ainda hoje, voltaria a fazê-lo, pela maior proximidade ideológica e pela minha arreigada conceção laica da República.
Dito isto, depois dos dois penosos mandatos de Cavaco Silva, onde não se vislumbrou um rasgo de virtude cívica ou de pedagogia democrática, a chegada de Marcelo, liberto de prótese conjugal (resquício monárquico que a República conserva), sem a mancha de negociatas, passado sombrio ou rancores partidários, foi uma lufada de ar fresco.
A cultura, inteligência e sentido de Estado fizeram do PR um referencial de estabilidade e patriotismo, apreciado pela grande maioria dos portugueses. Penso mesmo que um PR conservador foi mais benéfico para a estabilidade política do que o PR que eu preferiria.
A preparação para o cargo é indiscutível. A sua pedagogia cívica, sem jamais manchar as funções ou envergonhar os portugueses, é um serviço que lhe devemos.
As acusações de vocação peronista são infundadas. Pelo contrário, devolveu à AR a sua centralidade na política portuguesa, como demonstrado no caso recente da TSU.
Há quem digira mal as derrotas, quem procure ver fantasmas onde não existem, quem já não saiba viver sem azedume. Esses, encontrarão em quem gostariam de ver formatado à sua semelhança um eterno inimigo.
Não me tornei correligionário deste PR, não votarei nele em eventuais futuras eleições, mas respeito-o na legitimidade e dignidade com que tem exercido as funções. Não conquistou um adepto, mas ganhou o meu respeito.
Parabéns, Marcelo.
Dito isto, depois dos dois penosos mandatos de Cavaco Silva, onde não se vislumbrou um rasgo de virtude cívica ou de pedagogia democrática, a chegada de Marcelo, liberto de prótese conjugal (resquício monárquico que a República conserva), sem a mancha de negociatas, passado sombrio ou rancores partidários, foi uma lufada de ar fresco.
A cultura, inteligência e sentido de Estado fizeram do PR um referencial de estabilidade e patriotismo, apreciado pela grande maioria dos portugueses. Penso mesmo que um PR conservador foi mais benéfico para a estabilidade política do que o PR que eu preferiria.
A preparação para o cargo é indiscutível. A sua pedagogia cívica, sem jamais manchar as funções ou envergonhar os portugueses, é um serviço que lhe devemos.
As acusações de vocação peronista são infundadas. Pelo contrário, devolveu à AR a sua centralidade na política portuguesa, como demonstrado no caso recente da TSU.
Há quem digira mal as derrotas, quem procure ver fantasmas onde não existem, quem já não saiba viver sem azedume. Esses, encontrarão em quem gostariam de ver formatado à sua semelhança um eterno inimigo.
Não me tornei correligionário deste PR, não votarei nele em eventuais futuras eleições, mas respeito-o na legitimidade e dignidade com que tem exercido as funções. Não conquistou um adepto, mas ganhou o meu respeito.
Parabéns, Marcelo.
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