Viva Espanha! Arriba Pedro Sánchez!
O governo do PSOE terá vida difícil, mas sobra-lhe ânimo para a decência democrática e o civismo republicano, sob a circunstância monárquica.
Pedro Sánchez surpreendeu ao formar governo com mais governantes do sexo feminino do que do masculino, com mulheres de grande competência profissional e currículo exemplar, para surpreender de novo com a maior operação humanitária de sempre para acolher os refugiados a que alguns países se negaram e outros fizeram vista grossa.
Agora, propõe-se executar a proposta do seu partido, aprovada em 2017, de trasladar os restos mortais de Franco, do Vale dos Caídos, onde permanece há 42 anos, por decisão do próprio ditador, um duradouro insulto à democracia, com a conivência de uma direita que primeiro alegava as feridas que podia abrir e, depois, a inutilidade de lembrar um assunto esquecido, para perpetuar as honras ao opressor fascista.
Hoje mesmo, a comissão executiva do PSOE, a que preside Pedro Sánchez, propõe ao Governo a elaboração da lei que inclui trasladar o genocida e alterar o significado do local onde a sua presença e as honras de que goza constituem uma afronta às centenas de milhares de vítimas do maior genocida ibérico da História.
El País referia ontem, citando fontes do Governo e do PSOE, que “O presidente, Pedro Sánchez, quer ir ‘passo a passo’ cumprindo compromissos adquiridos nos anos de oposição do PSOE; atender petições das associações de vítimas do franquismo e assumir as recomendações da ONU sobre o Vale dos Caídos, as valas comuns ou uma comissão da verdade”.
A proposta de trasladar os restos do ditador «fazia parte da proposta de reforma integral da lei de memória histórica que Sánchez apresentou em dezembro num lugar simbólico, o chamado “paredón de España”, em Paterna, onde se crê que foram fuziladas cerca de 2.000 pessoas».
Quando ressoam ainda as palavras então proferidas por Pedro Sánchez, “Ignorando um passado incómodo não se pode construir um futuro confortável”, resta a possível oposição da Igreja, mas não é crível que ainda tenha força para manter a defesa do criminoso de que foi cúmplice.
Finalmente, os 33.487 mortos, de ambos os lados, que ali se encontram ficarão libertos da presença dominante e simbólica que perpetuava o carácter fascista do monumento que atesta uma das mais cruentas guerras civis europeias e a demente e continuada vingança dos vencedores. Os assassinados veem-se livres do maior dos assassinos.
Viva Espanha, laica, livre e democrática!
Pedro Sánchez surpreendeu ao formar governo com mais governantes do sexo feminino do que do masculino, com mulheres de grande competência profissional e currículo exemplar, para surpreender de novo com a maior operação humanitária de sempre para acolher os refugiados a que alguns países se negaram e outros fizeram vista grossa.
Agora, propõe-se executar a proposta do seu partido, aprovada em 2017, de trasladar os restos mortais de Franco, do Vale dos Caídos, onde permanece há 42 anos, por decisão do próprio ditador, um duradouro insulto à democracia, com a conivência de uma direita que primeiro alegava as feridas que podia abrir e, depois, a inutilidade de lembrar um assunto esquecido, para perpetuar as honras ao opressor fascista.
Hoje mesmo, a comissão executiva do PSOE, a que preside Pedro Sánchez, propõe ao Governo a elaboração da lei que inclui trasladar o genocida e alterar o significado do local onde a sua presença e as honras de que goza constituem uma afronta às centenas de milhares de vítimas do maior genocida ibérico da História.
El País referia ontem, citando fontes do Governo e do PSOE, que “O presidente, Pedro Sánchez, quer ir ‘passo a passo’ cumprindo compromissos adquiridos nos anos de oposição do PSOE; atender petições das associações de vítimas do franquismo e assumir as recomendações da ONU sobre o Vale dos Caídos, as valas comuns ou uma comissão da verdade”.
A proposta de trasladar os restos do ditador «fazia parte da proposta de reforma integral da lei de memória histórica que Sánchez apresentou em dezembro num lugar simbólico, o chamado “paredón de España”, em Paterna, onde se crê que foram fuziladas cerca de 2.000 pessoas».
Quando ressoam ainda as palavras então proferidas por Pedro Sánchez, “Ignorando um passado incómodo não se pode construir um futuro confortável”, resta a possível oposição da Igreja, mas não é crível que ainda tenha força para manter a defesa do criminoso de que foi cúmplice.
Finalmente, os 33.487 mortos, de ambos os lados, que ali se encontram ficarão libertos da presença dominante e simbólica que perpetuava o carácter fascista do monumento que atesta uma das mais cruentas guerras civis europeias e a demente e continuada vingança dos vencedores. Os assassinados veem-se livres do maior dos assassinos.
Viva Espanha, laica, livre e democrática!
Comentários
A verdade nunca pode ser um homem
que foi e é símbolo de demência e morte.
A verdade não pode ser estar-se no tempo e
no espaço errados e,
muito menos, uma ideia de força como Lei.