Cavaco Silva e a PGR cessante
Não sei se o antigo PR tinha dívidas a pagar ou alguma vingança a exercer, mas as suas declarações, com a sensibilidade e argúcia das cagarras das Ilhas Selvagens, são a prova reiterada da falta de sentido de Estado que revelou em Belém, onde foi forjada a cabala contra um PM e cujo inquérito às despesas, ordenado pelo sucessor, nunca foi revelado.
Cavaco é a maior referência ética do condomínio fechado da Praia da Coelha e é preciso nascer duas vezes para alguém ser mais honesto do que ele, mas ver “com estranheza”, achar “estranhíssimo”, aquilo a que chamou “afastamento” da PGR cessante, é esquecer o direito do Governo, a propor, e do PR, a nomear, o/a titular da PGR. A ofensa gratuita ao PR que lhe sucedeu mostra a fibra de um chefe tribal ressentido.
Confundir ‘afastamento’ com ‘renomeação’ é o velho problema de quem nunca leu “Os Lusíadas” e tem recorrente conflitualidade com a língua portuguesa, quer na ortografia do verbo ‘haver’, no preenchimento da ficha da Pide, ou na conjugação oral do futuro do verbo ‘fazer’. Trata o idioma com a delicadeza com que mastiga bolo-rei.
Para que não o julgassem em defunção ou a gozar as delícias da vivenda Gaivota Azul, apareceu na comunicação social a dizer: “Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é a mais estranha tomada pelo Governo, que geralmente é conhecido como ‘gerigonça’”. Com a argúcia conhecida, afirmou que “foi uma decisão política”, como se alguma vez o não fosse uma nomeação governamental. Passos Coelho não conseguiu dizer melhor e Cavaco limitou-se a secundá-lo.
Há em Cavaco, o finório que ganhou uns cobres na compra e venda das ações da SLN, não cotadas na Bolsa, ele e a filha, e fez o excelente negócio com a permuta da Vivenda Mariani (Maria e Aníbal) pela Gaivota Azul, aquele sentido de oportunidade que o levou a jantar com Ricardo Salgado para preparar a primeira candidatura vitoriosa a PR.
Portugal deve-lhe a posse que conferiu ao atual Governo, depois de pérfidas tentativas para assustar os portugueses e os mercados internacionais, mas não é esse ato meritório que o iliba da amargura permanente que consome o ressentido salazarista.
O homem que ‘punha as mãos no fogo’
por Dias Loureiro, o modelo de empresário do experiente gestor da Tecnoforma, Passos Coelho, podia optar pelo silêncio, mas não lho permitiu o ressentimento e a inveja da popularidade do seu sucessor. Este homem acaba com uma úlcera gástrica se não fizer a neutralização da bílis que segrega.
O avatar de Salazar deve à democracia os lugares de PM e de PR, a que o voto popular o conduziu.
É um ingrato.
Cavaco é a maior referência ética do condomínio fechado da Praia da Coelha e é preciso nascer duas vezes para alguém ser mais honesto do que ele, mas ver “com estranheza”, achar “estranhíssimo”, aquilo a que chamou “afastamento” da PGR cessante, é esquecer o direito do Governo, a propor, e do PR, a nomear, o/a titular da PGR. A ofensa gratuita ao PR que lhe sucedeu mostra a fibra de um chefe tribal ressentido.
Confundir ‘afastamento’ com ‘renomeação’ é o velho problema de quem nunca leu “Os Lusíadas” e tem recorrente conflitualidade com a língua portuguesa, quer na ortografia do verbo ‘haver’, no preenchimento da ficha da Pide, ou na conjugação oral do futuro do verbo ‘fazer’. Trata o idioma com a delicadeza com que mastiga bolo-rei.
Para que não o julgassem em defunção ou a gozar as delícias da vivenda Gaivota Azul, apareceu na comunicação social a dizer: “Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é a mais estranha tomada pelo Governo, que geralmente é conhecido como ‘gerigonça’”. Com a argúcia conhecida, afirmou que “foi uma decisão política”, como se alguma vez o não fosse uma nomeação governamental. Passos Coelho não conseguiu dizer melhor e Cavaco limitou-se a secundá-lo.
Há em Cavaco, o finório que ganhou uns cobres na compra e venda das ações da SLN, não cotadas na Bolsa, ele e a filha, e fez o excelente negócio com a permuta da Vivenda Mariani (Maria e Aníbal) pela Gaivota Azul, aquele sentido de oportunidade que o levou a jantar com Ricardo Salgado para preparar a primeira candidatura vitoriosa a PR.
Portugal deve-lhe a posse que conferiu ao atual Governo, depois de pérfidas tentativas para assustar os portugueses e os mercados internacionais, mas não é esse ato meritório que o iliba da amargura permanente que consome o ressentido salazarista.
O homem que ‘punha as mãos no fogo’
por Dias Loureiro, o modelo de empresário do experiente gestor da Tecnoforma, Passos Coelho, podia optar pelo silêncio, mas não lho permitiu o ressentimento e a inveja da popularidade do seu sucessor. Este homem acaba com uma úlcera gástrica se não fizer a neutralização da bílis que segrega.
O avatar de Salazar deve à democracia os lugares de PM e de PR, a que o voto popular o conduziu.
É um ingrato.
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