Os partidos e os impostos

O governador do PSD/CDS
Não é por se repetir até à náusea que o atual governo aumentou impostos que a mentira se torna verdade. Desconheço que a taxa de qualquer imposto tivesse sido aumentada e, pelo contrário, o IVA da restauração desceu de 23% para 13%.

Quando o Estado cobra mais impostos, como é o caso, sem aumentar as taxas ou criar novos impostos, é porque o emprego ou o rendimento coletável, ou ambos, subiram.
Agora, em véspera de eleições, todos os partidos prometem baixar impostos, o que não assusta, o que assusta é que cumpram em caso de vitória, embora se deva distinguir entre a demagogia irresponsável do CDS com taxa plana, a mesma % para rendimentos absolutamente diferentes e a prudência do PSD, ‘consoante a margem que o Orçamento de Estado permitir’.

Quem, como eu, não sabe calcular os custos das promessas, que deviam ser divulgadas em euros e os partidos não explicitam, há de preferir a manutenção dos impostos à deterioração dos serviços públicos.

Estamos fartos dos que votaram contra o SNS e o querem destruir, a reclamar contra as suas carências; dos que abominam o papel do Estado e, na oposição, exigem eficiência; dos que cederam os setores económicos à iniciativa privada e ordenam ao Governo que tome medidas para resolver as falhas das empresas privatizadas; dos revolucionários na oposição e reacionários no poder; dos que se extasiam com catástrofes e se solidarizam com greves iníquas, quando gostariam de cercear direitos aos trabalhadores e rasgar a Constituição.

A incoerência e cinismo dos que exigem agora o contrário do que fizeram quando foram Governo, exigem a denúncia e o combate democrático.

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