A direita, os trauliteiros de serviço e o Governo
Enquanto o PSD mais ou menos polido se digladia no duelo em que o mais rústico leva vantagem e o CDS apresenta um candidato a líder por deputado, com a ala mais radical a liderar, com Nuno Melo em disputa com o bando de nazis do Chega, os jornalistas da direita, à falta de rumo e de líder, limitam-se a produzir ruído nos jornais onde militam.
Os jornalistas profissionais dão notícias, mas a maioria vive da opinião que lhes garante o vencimento e a estabilidade pela hostilidade com que ofendem os governantes.
O ministro do Ambiente adverte os moradores de locais inundados, que o Estado teve de evacuar, para a necessidade de habitarem sítios mais seguros, e a matilha pede a sua demissão, não porque o alerta seja inadequado, mas porque devia fazê-lo em período de incêndios, e não com os inundados deslocados. Agora era o tempo de prevenir os donos das habitações entre manchas de pinhal e de eucaliptos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que a qualidade da gestão das empresas é, em Portugal, “fraquíssima”, e logo António Saraiva, presidente da CIP, considerou que o ministro “denegriu injustamente” as empresas e promoveu “a maior desconsideração de sempre de um governo ao tecido empresarial português”.
Aceita-se a quem representa o patronato, ao patrão dos patrões, que não corrobore o ministro, apesar de saber que 55% dos patrões que representa não têm sequer o ensino secundário e que ocupam o primeiro lugar da desqualificação na Europa, que os dados estatísticos do INE e agências internacionais confirmam, incluindo a OCDE.
Não se aceita, a jornalistas profissionais, que o acompanhem na indignação e insultem o ministro por dizer uma verdade ululante e façam tal gritaria que o obriguem a apresentar um pedido de desculpas pela evidência referida, com Portugal no topo da lista europeia de gestores de menos formação, precedendo na impreparação os de Malta, Espanha, Itália e Grécia.
Dos vários almocreves da direita que ulularam diatribes contra o ministro, sobressaiu o arrieiro João Miguel Tavares, a quem o PR adjudicou os dois indizíveis discursos do último 10 de Junho, escriba useiro e vezeiro a bolçar ódio aos governos que enviaram Passos Coelho para uma cátedra e Maria Luís para empregada de um fundo abutre.
A fraquíssima gestão referida pelo ministro Santos Silva, com perda calculada de 30% de produtividade, mereceu ao jornalista do Público e da direita mais caceteira, a alusão a “um dos seus momentos de inspiração trauliteira” do “maior apoiante do pior primeiro-ministro da nossa História” e, à guisa de argumento, destacado em caixa alta, «Fez parte do pior executivo da democracia. A sua existência, essa sim, é o exemplo mais triste da fraquíssima qualidade das nossas instituições». (Público, 31-12-2019, última página).
Com esta clarividência, insultos em vez de argumentos, pode ter chamado a atenção de Belém, mas não teria lugar num jornal que preferisse notícias à propaganda. Não passa do troglodita que, perante um ato de vandalismo a uma escultura de Pedro Cabrita Reis, em Leça da Palmeira, transformou o caso de polícia num ataque político e em desprezo néscio pelo escultor e a sua obra. (Público, 02-01-2020).
Em boa verdade, JMT não é um jornalista profissional, é o estagiário para assessor, num governo de direita, de um qualquer governante igualmente boçal e caceteiro.
Os jornalistas profissionais dão notícias, mas a maioria vive da opinião que lhes garante o vencimento e a estabilidade pela hostilidade com que ofendem os governantes.
O ministro do Ambiente adverte os moradores de locais inundados, que o Estado teve de evacuar, para a necessidade de habitarem sítios mais seguros, e a matilha pede a sua demissão, não porque o alerta seja inadequado, mas porque devia fazê-lo em período de incêndios, e não com os inundados deslocados. Agora era o tempo de prevenir os donos das habitações entre manchas de pinhal e de eucaliptos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que a qualidade da gestão das empresas é, em Portugal, “fraquíssima”, e logo António Saraiva, presidente da CIP, considerou que o ministro “denegriu injustamente” as empresas e promoveu “a maior desconsideração de sempre de um governo ao tecido empresarial português”.
Aceita-se a quem representa o patronato, ao patrão dos patrões, que não corrobore o ministro, apesar de saber que 55% dos patrões que representa não têm sequer o ensino secundário e que ocupam o primeiro lugar da desqualificação na Europa, que os dados estatísticos do INE e agências internacionais confirmam, incluindo a OCDE.
Não se aceita, a jornalistas profissionais, que o acompanhem na indignação e insultem o ministro por dizer uma verdade ululante e façam tal gritaria que o obriguem a apresentar um pedido de desculpas pela evidência referida, com Portugal no topo da lista europeia de gestores de menos formação, precedendo na impreparação os de Malta, Espanha, Itália e Grécia.
Dos vários almocreves da direita que ulularam diatribes contra o ministro, sobressaiu o arrieiro João Miguel Tavares, a quem o PR adjudicou os dois indizíveis discursos do último 10 de Junho, escriba useiro e vezeiro a bolçar ódio aos governos que enviaram Passos Coelho para uma cátedra e Maria Luís para empregada de um fundo abutre.
A fraquíssima gestão referida pelo ministro Santos Silva, com perda calculada de 30% de produtividade, mereceu ao jornalista do Público e da direita mais caceteira, a alusão a “um dos seus momentos de inspiração trauliteira” do “maior apoiante do pior primeiro-ministro da nossa História” e, à guisa de argumento, destacado em caixa alta, «Fez parte do pior executivo da democracia. A sua existência, essa sim, é o exemplo mais triste da fraquíssima qualidade das nossas instituições». (Público, 31-12-2019, última página).
Com esta clarividência, insultos em vez de argumentos, pode ter chamado a atenção de Belém, mas não teria lugar num jornal que preferisse notícias à propaganda. Não passa do troglodita que, perante um ato de vandalismo a uma escultura de Pedro Cabrita Reis, em Leça da Palmeira, transformou o caso de polícia num ataque político e em desprezo néscio pelo escultor e a sua obra. (Público, 02-01-2020).
Em boa verdade, JMT não é um jornalista profissional, é o estagiário para assessor, num governo de direita, de um qualquer governante igualmente boçal e caceteiro.
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