Há 7 anos – Memórias

O ano de 2012 terminou com a morte do capitão de Abril, Marques Júnior. Foi um cravo perdido no jardim da liberdade, a pétala de rosa que murchou, a folha caída da árvore que plantou.

Marques Júnior foi um capitão de Abril tão jovem, que era ainda tenente, e partiu cedo. deixou como património uma vida de coerência e serviço público, vivendo em cada dia a paixão da madrugada que o colocou no devocionário dos que prezam a liberdade.

Abracei-o pela última vez, no início de setembro desse ano, numa aldeia da Beira Alta, onde representou a Associação 25 de Abril no funeral de outro capitão de Abril, Augusto Monteiro Valente. Sinto o vazio da sua falta, o desapego de quem passou a vida sem pensar que fez mais do que o dever que lhe coube.

E esta lágrima teimosa a lembrar-me que com ele morreu também um pouco de nós e dos sonhos que plantou numa madrugada que muitos teimam em retirar do calendário da memória coletiva!

É preciso recordar um dos bravos que nos deixou, tinha 66 anos, no último dia de 2012, para que Abril seja mês o ano todo e 25 permaneça o dia de todos os sonhos depois de um sonhador nos deixar, nos anos que ainda houver.

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