D. Aníbal e o infanção Passos Coelho
Numa pausa dos sais de fruto para a incontida azia que os corrói, os dois catedráticos, o do decreto e o do convite, fartos de desprezo e esquecimento, despertaram da letargia e surgiram nas televisões a azucrinar os ouvintes na defesa do referendo para a eutanásia.
O primeiro fez prova de vida, suspendendo algum Roteiro onde verte o ódio e convence os netos da sua utilidade para a literatura e a política, e o segundo desiludiu as fãs com a erosão provocada pelo esforço docente e a calvície.
Vieram os dois, com a habitual conivência, como nos tempos em que assustavam o país com a mudança de governo, para se vingarem de Rui Rio que lhes infligiu três derrotas e tem postura ética e sentido de Estado. Não os move a discussão de um assunto sério, une-os o ressentimento, o desespero de se verem desprezados e a vingança contra quem reconduziu o partido à matriz fundadora e enfrentou os serviçais em que apostaram.
Sofreram em silêncio a humilhação das sucessivas vitórias de Rui Rio no partido de que se julgaram donos e apareceram ruidosamente numa questão de consciência, ansiosos de causarem danos e cumprirem as piedosas instruções recebidas nas sacristias.
Os dois cúmplices de má memória continuam unidos, um no salazarismo que o moldou e o outro na nostalgia em que foi criado.
Nada acrescentaram à discussão em curso, apenas fizeram prova de vida substituindo o atestado médico por declarações públicas, para regressarem aos sítios de onde vieram e deixarem mais salubre o espaço mediático.
Já há poluição que baste.
O primeiro fez prova de vida, suspendendo algum Roteiro onde verte o ódio e convence os netos da sua utilidade para a literatura e a política, e o segundo desiludiu as fãs com a erosão provocada pelo esforço docente e a calvície.
Vieram os dois, com a habitual conivência, como nos tempos em que assustavam o país com a mudança de governo, para se vingarem de Rui Rio que lhes infligiu três derrotas e tem postura ética e sentido de Estado. Não os move a discussão de um assunto sério, une-os o ressentimento, o desespero de se verem desprezados e a vingança contra quem reconduziu o partido à matriz fundadora e enfrentou os serviçais em que apostaram.
Sofreram em silêncio a humilhação das sucessivas vitórias de Rui Rio no partido de que se julgaram donos e apareceram ruidosamente numa questão de consciência, ansiosos de causarem danos e cumprirem as piedosas instruções recebidas nas sacristias.
Os dois cúmplices de má memória continuam unidos, um no salazarismo que o moldou e o outro na nostalgia em que foi criado.
Nada acrescentaram à discussão em curso, apenas fizeram prova de vida substituindo o atestado médico por declarações públicas, para regressarem aos sítios de onde vieram e deixarem mais salubre o espaço mediático.
Já há poluição que baste.
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