Bem-aventurada Conferência Episcopal Portuguesa


Quando a morte era assistida, os moribundos saudáveis e era o clero a tratar da saúde, já havia a estranha devoção de negar a morte sem sofrimento.

A morte não era a pedido, o sofrimento era obrigatório, e já eram ruidosas e participadas as manifestações de júbilo do clero, nobreza e povo, unidos no delírio da combustão de judeus, bruxas, hereges, apóstatas e blasfemos. Mais contido o êxtase, mantém-se a coerência.

Comentários

Jaime Santos disse…
O sofrimento corporal é curto, Carlos Esperança, quando comparado com as labaredas eternas do Inferno. Dizem eles, claro.

Um dia tive um doido tridentino, que ainda os há com fartura, a argumentar que se a Igreja benzia o tráfico de escravos, pelo menos providenciava baptismo cristão aos cativos que atravessavam o Atlântico. Assim, quando deixassem a sua vida curta e brutal, podiam aspirar ao Céu.

O raciocínio é aqui mais ou menos o mesmo...

A resposta que isso merece é demasiado baixa para ser escrita neste espaço...
Jaime Santos,

concordo que a resposta é prejudicada pelo decoro.

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