A candidatura de Ana Gomes e a MINHA opinião
Com a candidatura de Ana Gomes está completo o painel dos candidatos previsíveis e credíveis. Fica para o folclore eleitoral o desfile de candidatos insignificantes, de egos inflamados, desejosos de consideração social, designados por cromos.
É a única candidata que não foi sempre previsível e é a mais interessante da campanha eleitoral, por fazer deslocar votos de vários quadrantes. Marcelo deixa de ficar só, entre a candidatura do BE e a extremista de contornos fascistas.
Quando se queixou de que António Costa não a apoiava foi previsível, na vitimização, a decisão de candidatura. O apoio do PM ao candidato Marcelo foi inteligente. Não lhe dá votos, provavelmente nem o seu, que não o merece, pode reivindicar a previsível vitória eleitoral de Marcelo e poupou o PS à derrota eleitoral. Ana Gomes tem a oportunidade de conseguir o segundo lugar e ser a inevitável candidata apoiada pelo PS daqui a cinco anos e, não sendo previsível, numa segunda volta, capaz de derrotar Marcelo.
A Ana Gomes é-lhe bem mais prejudicial o apoio de Francisco Assis do que o do PM a Marcelo. Esse apoio tóxico já hoje foi reiterado.
A animosidade que já suscita é de bom augúrio para uma boa votação. Ana Gomes tem currículo, experiência de debates, cultura e coragem para confrontar Marcelo com a sua demagogia e incoerência, e para lhe recordar que os média o poupam ao escrutínio que deviam. Mostrará ao País que o PR esteve em campanha eleitoral todo o mandato e do que é capaz num segundo.
Todos os que gostavam de uma candidatura única de esquerda sabem que o PCP e o BE não abdicariam de candidatura própria numa primeira volta. É a necessidade de fixarem o seu eleitorado. Não vale a pena lamentarmos a falta de um cenário que nunca existiria.
Neste momento, os eleitores do PS, mesmo da ala mais à direita, não votarão Marcelo e os de esquerda, independentemente do seu voto, têm de ser contidos na manifestação de intenções.
Marcelo não terá a ambicionada vitória esmagadora da reeleição de Mário Soares, o seu mais veemente desejo. Só por isso a candidatura de Ana Gomes é de saudar.
O programa é irrelevante para PR, os candidatos têm-no na Constituição, mesmo os que a juram sob sofisma e com azedume.
Se não fosse a pandemia que mantém o país e o mundo à beira de uma imensa tragédia, a campanha presidencial em curso seria a mais estimulante depois da vitória de Mário Soares contra Freitas do Amaral, duas personalidades de invulgar dimensão.
Ana Gomes não terá o meu voto, por razões irrelevantes para este apontamento, e a sua candidatura conta com a minha simpatia e o desejo de uma honrosa votação.
É a única candidata que não foi sempre previsível e é a mais interessante da campanha eleitoral, por fazer deslocar votos de vários quadrantes. Marcelo deixa de ficar só, entre a candidatura do BE e a extremista de contornos fascistas.
Quando se queixou de que António Costa não a apoiava foi previsível, na vitimização, a decisão de candidatura. O apoio do PM ao candidato Marcelo foi inteligente. Não lhe dá votos, provavelmente nem o seu, que não o merece, pode reivindicar a previsível vitória eleitoral de Marcelo e poupou o PS à derrota eleitoral. Ana Gomes tem a oportunidade de conseguir o segundo lugar e ser a inevitável candidata apoiada pelo PS daqui a cinco anos e, não sendo previsível, numa segunda volta, capaz de derrotar Marcelo.
A Ana Gomes é-lhe bem mais prejudicial o apoio de Francisco Assis do que o do PM a Marcelo. Esse apoio tóxico já hoje foi reiterado.
A animosidade que já suscita é de bom augúrio para uma boa votação. Ana Gomes tem currículo, experiência de debates, cultura e coragem para confrontar Marcelo com a sua demagogia e incoerência, e para lhe recordar que os média o poupam ao escrutínio que deviam. Mostrará ao País que o PR esteve em campanha eleitoral todo o mandato e do que é capaz num segundo.
Todos os que gostavam de uma candidatura única de esquerda sabem que o PCP e o BE não abdicariam de candidatura própria numa primeira volta. É a necessidade de fixarem o seu eleitorado. Não vale a pena lamentarmos a falta de um cenário que nunca existiria.
Neste momento, os eleitores do PS, mesmo da ala mais à direita, não votarão Marcelo e os de esquerda, independentemente do seu voto, têm de ser contidos na manifestação de intenções.
Marcelo não terá a ambicionada vitória esmagadora da reeleição de Mário Soares, o seu mais veemente desejo. Só por isso a candidatura de Ana Gomes é de saudar.
O programa é irrelevante para PR, os candidatos têm-no na Constituição, mesmo os que a juram sob sofisma e com azedume.
Se não fosse a pandemia que mantém o país e o mundo à beira de uma imensa tragédia, a campanha presidencial em curso seria a mais estimulante depois da vitória de Mário Soares contra Freitas do Amaral, duas personalidades de invulgar dimensão.
Ana Gomes não terá o meu voto, por razões irrelevantes para este apontamento, e a sua candidatura conta com a minha simpatia e o desejo de uma honrosa votação.
Comentários
Gomes irá agregar apoios à Direita e à Esquerda do PS e ocupará o espaço que foi ocupado por Sampaio da Nóvoa em 2016. Resta saber se conseguirá chegar aos dois dígitos e mandar Ventura às cordas. Pode contar com o meu voto, pelo menos, mesmo se não me revejo nas suas posições absolutistas contra a corrupção (Rui Pinto, se colaborar com a Justiça deve ser julgado com relativa leniência, mas não é nenhum herói).
No meu ponto de vista, é fácil adivinhar a animosidade de muitos militantes e simpatizantes do PS contra Assis. É nisso que me baseio.
Sim, nesse sentido a presença de Assis é um risco para Ana Gomes, mas risco maior foi o desassombro com que sempre criticou Sócrates e agora critica Costa (por razões distintas)...
Acredite, se houver socialistas a recusarem-se a votar em Gomes, será em primeiro lugar por causa de Ana Gomes...