Almeida – 25 de Abril de 2022
Na vila histórica de Almeida, ali onde os soldados de Napoleão fizeram explodir o paiol e derrubaram o castelo, ali, no concelho onde a Europa começa a ser Portugal e de onde se fugia à fome, à guerra e à Pide, ergue-se o Monumento ao 25 de Abril, que embeleza o meu mural do Facebook e é a sentinela das muralhas.
Da foto faltam já os heróis de Abril, Gertrudes da Silva e
Augusto Monteiro Valente e o coronel Eugénio de Oliveira, demitido com Varela
Gomes, vencidos na revolta de Beja. No silêncio da homenagem em granito aos que
nos deram a liberdade, lá estão os cravos vermelhos de Abril a recordar aos que
os exoneraram da lapela, a quem devem o lugar que hoje lhes cabe na A. R.
Ontem, após a deposição do tradicional ramo de cravos pelo
presidente da Assembleia Municipal, acompanhado do presidente da Câmara, da presidente
da Junta de Freguesia e de uma vereadora, com os bombeiros formados em parada e
numeroso público a assistir, houve Vivas ao 25 de Abril e cantou-se a Grândola.
Sem discriminações partidárias, seguiu-se o almoço popular do
25 de Abril onde cerca de sessenta pessoas conviveram e aplaudiram discursos
evocativos da emblemática data.
Não surpreendem os que odeiam a data, os que estiveram
escondidos, os que não sabem quando nasceu a democracia e os que gostariam de a
ver morrer.
Não surpreende o ódio dos fascistas à liberdade, o que preocupa é o alheamento ou a desilusão dos democratas.
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