Quatro dias e quatro noites longe do computador e do Mundo

Nos dias em que fui obrigado a afastar-me do convívio dos leitores, sem garantia de que não se repitam, até o virar das páginas de um livro foi tarefa difícil. Não foi, pois, por masoquismo que suportei a repetição de notícias e eventuais mentiras, de imagens a que todos devíamos ter sido poupados e de discursos em direto que, de moto-próprio, ouvi.

Da guerra vi e ouvi o que foi decidido que podia ouvir e ver, enquanto Putin continua a destruir a Rússia, a Ucrânia, a economia da U. E. e a abrir caminho à China para a hegemonia mundial. O êxodo de milhões de ucranianos é a mais dramática página da História das nossas vidas cujas consequências são a incógnita onde sobra a certeza da tragédia. Uma opinião fundamentada é cada vez mais difícil e exótica.

A submissão da UE aos interesses dos EUA e à sua guarda avançada, Reino Unido, já é irreversível, assim como a destruição do sistema financeiro internacional, com o dólar e o euro desacreditados, a perderem o estatuto de moedas de refúgio e sem alternativa.

Da guerra não há fuga, e a tragédia estará dentro de nós nos anos que vierem. É na vida nacional que refletirei nos próximos dias, com especial incidência no percurso sinuoso do PR a quem Marcelo não vai permitir exercer com dignidade o mandato que trocou pelos comentários, intrigas e prepotência.

A participação do PR, nessa qualidade, numa homenagem à Senhora da Conceição, foi um ato indigno de quem tem por dever respeitar e fazer respeitar a Constituição, um ato afrontoso à laicidade do Estado com o despudor de quem troca a dignidade do cargo por uma procissão e a ética republicana pela missa. É preciso lembrar-lhe que um país laico não tem padroeira e que as religiões são do foro individual.

Apostila – Impossibilitado de usar a mão direita, por indicação médica, estou a escrever com a mão esquerda, o que é de extrema dificuldade. 

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