Declaração n.º 27003 (atualizada na ortografia e nas circunstâncias)
«Declaro por minha honra que estou integrado no pensamento único estabelecido pelos órgãos de comunicação social, redes sociais e órgãos da soberania, com ativo repúdio de quem ousar duvidar do que lhe dizem ou mostrem».
No entanto, enquanto me for permitido, este espaço nunca banirá ninguém por pensar de forma diferente da minha, se acaso puder continuar a pensar, nem excluirá quem afronte as minhas posições.
Podem os meus amigos ostracizar-me que não deixarei de ser seu amigo; podem, como o fez um ex-candidato à presidência da República, na minha página do Facebook, repudiar os «métodos infames utilizados por escroques» [referia-se a mim], que os comentários se manterão.
Às certezas prefiro as dúvidas, ao gosto pela morte escolho a vida, à excitação da guerra prefiro a paz. Entre o amor e o ódio escolho o primeiro. Não há povos párias, há países que vivem em ditadura e, cada vez menos, os que usufruem democracias liberais.
Quando a intolerância, a excitação emocional e a fé devoram os mais lúcidos, temo pela sanidade de uma geração que a propaganda homogeneíza.
Enquanto vou tentar escrever uma crónica para amanhã, deixo os meus votos de paz.
Sim à paz, não à guerra.
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