O desprezo pelo futuro
A minha geração é a última que vive melhor do que as anteriores, e ninguém se inquieta com a herança dos filhos e o futuro dos netos.
O consumo não é só a vertigem de quem mede o prazer pelos
benefícios imediatos, é a bitola do sucesso a que cada um se julga com direito.
Há quem considere intermináveis os recursos do Planeta e indiferente aos
milhões de pessoas sem acesso a água potável, ar saudável, alimentos ou saúde,
sem paz ou, sequer, direito à vida.
Quem tira um curso e adquire conhecimentos à custa do
investimento de todos, julga-se no direito de não retribuir aos que o pagaram. Somos
vítimas da alienação que julga imparável o crescimento económico, legítima toda
a acumulação de bens e tolerável a pobreza.
A bomba demográfica continua a explodir e a multidão de
miseráveis cresce. A cegueira dos líderes mundiais, cujo poder lhes garante
impunidade, arrasta-nos para o abismo e deixa-nos impotentes face à dimensão da
tragédia presente, o ar cada vez mais poluído, a água a rarear, os mares a
morrerem, os desertos a avançarem e os refugiados a fugirem aflitos para países
onde as súbitas alterações, étnicas e culturais, estimulam o confronto,
fomentam o medo e conduzem à exclusão e à barbárie.
O bem-estar é tanto mais precário quanto menos forem os
favorecidos e tão mais injusto quanto menos sustentável. Há uma correlação
direta do fosso que se agrava entre países ricos e pobres, e o que separa as
pessoas dentro de todos e cada um deles.
Quando as exigências têm por base mais a inveja do que as
necessidades e se ignoram os que não podem sequer gritar, atraem-se os
vendavais que varrem os benefícios que o acaso e as circunstâncias permitiram.
O castigo raramente é aplicado a quem merece, e serão os
vindouros a sofrer o que nós fazemos, a carecerem do que esbanjámos e,
sobretudo, do que não nos esforçámos por lhes deixar, ar, água, segurança,
emprego, saúde e alimentos. Nem a paz!
Herdam arsenais destruidores, se não forem utilizados antes,
e os maus exemplos com que os países ricos vivem o presente, indiferentes ao
futuro, de que se desinteressaram, e à obsolescência do modelo económico em que
insistem.
A minha geração negou a felicidade aos vindouros.
A guerra, amoral e cruel, é a mais torpe metáfora, e os lixos a prova da nossa incúria.
Comentários
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O europeu-do-sistema XX-XXI está ao nível dos vendidos aos construtores de caravelas (séculos XVI, XVII, XVII):
---> renegam o Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade: "ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo";
---> ostentam ódio tiques-dos-impérios: ódio às intenções Identitárias;
---> mais, continuam a falar de economia exactamente da mesma forma:
- projectam a existência de outros como fornecedores de abundância mão-de-obra servil;
- projectam sabotagens sociológicas às intenções Identitárias que prejudicam as suas negociatas.
[ nomeadamente, negociatas de índole esclavagista (a existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil), negociatas de índole colonialista (substituição populacional de povos autóctones considerados economicamente pouco rentáveis)]
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Em oposição à hipocrisia Ocidental...
CONSTRUIR UM MUNDO AONDE OS POVOS AUTÓCTONES POSSUEM A LIBERDADE DE TER O SEU ESPAÇO E PROSPERAR AO SEU RITMO
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Identitário não penses em quilómetros quadrados... pensa em LIBERDADE!
Sim:
Identitário reivindica:
--->>> LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO da Europa dos vendidos ao cidadanismo de Roma!
O motivo é óbvio:
-> na origem da nacionalidade esteve o Ideal de Liberdade Identitário:
- «ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo».
--->>> NÃO, não foi o ódio tiques-dos-impérios: o ódio à existência de povos autóctones dotados da liberdade de ter o seu espaço e prosperar ao seu ritmo.
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SEPARATISMO 50-50:
- os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua (possuem imensos territórios ao seu jeito)... respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com