O PSD, AS CONDECORAÇÕES E AS DESCONFIANÇAS

No dia em que Cavaco trespassou o alvará para ornamentar peitos à espera de veneras, recebeu o mais alto grau da Ordem da Liberdade sem ter lutado por ela.

Agora, há dias, recebeu o mais alto grau da Ordem do Infante D. Henrique, talvez por ter feito a travessia marítima da Madeira às Ilhas Selvagens para ver as cagarras, depois da deselegância de se ter ausentado do ato de posse do segundo mandato do PR, sem o cumprimentar.

Esta segunda venera, sempre no mais alto grau, sucede, talvez por mera coincidência, na sequência do 40.º Congresso do PSD, a cujo novo líder ambos renderam aplausos. O PR nem se coibiu de uma insólita declaração no estrangeiro, numa viagem que a boçalidade do PR brasileiro e a boa imprensa autóctone, salvaram das críticas. Eis a declaração: «O novo líder do PSD, Luís Montenegro, iniciou uma "maior aproximação ao Presidente da República" e abriu caminho para "uma colaboração especial"».!!!

Também não passou despercebida a presença e o apoio do Conselheiro de Estado e alter ego de Marcelo nos elogios a Luís Montenegro, que passou a contar com a transferência de uma assessora dispensada por Belém.

Aliás, a sintonia de Marcelo com Cavaco é sempre suspeita e só o apoio ao partido de que foram líderes a pode ainda justificar, e, não sendo Luís Montenegro o dileto do PR, serve para já como o homem de mão que Rui Rio recusou ser.

A isenção presidencial nunca existiu, mas parece tornar-se agora mais frenética, quer na exploração das dificuldades que a pandemia e a guerra da Rússia contra a Nato agravam diariamente a partir da Ucrânia, quer na Regionalização e na política externa.

Marcelo é impagável, mas fica caro.

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