O que pensa Pedro dos Santos Frazão, veterinário do Chega
Antigamente havia homens que a idade tornava obsoletos, hoje há quem nasça, cresça e viva assim.
Esquecido o horror do fascismo e o asco que inspirava, há novos arautos do obscurantismo, até na reprodução dos valores de que a Europa se envergonhou. Até na evocação de alegadas vontades divinas para os desvarios da fauna que as interpreta. Até no despautério da verbalização perante a indiferença ou a cumplicidade de quem a tolera.
Regressados dos túmulos onde jaziam ressuscitam os ruins defuntos em avatares que assombram a vida de quem tem memória. É a demência que sai à rua, a apoteose da desfaçatez à solta.
Quando pensamos que na casa da democracia destila peçonha quem tem da cidadania uma leve ideia e da liberdade coisa nenhuma, sentimos que o fascismo, que vinha aí de mansinho, explode em apoteose.
O veterinário do Chega em vez de se dedicar à clínica, como devia, anda aí a espalhar o vírus do seu arcaísmo.
Não sei se o curso o predispôs à mimetização dos animais que tratava. Antigamente eram os homens que dominavam os animais, hoje é o contrário.
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