A penúltima mensagem de Ano Novo de Marcelo

Marcelo, serviu ontem aos portugueses a mensagem de Ano Novo que uma multidão de comentadores veio explicar. No seu pungente ocaso, revelou bem a animosidade perante o desprezo de Montenegro, o PM que desconfia do urbano a quem deve o cargo. 

Marcelo exige não apenas o bom relacionamento institucional. Quer um relacionamento estratégico, dito de outra forma, quer participar na governação, e o rural não consente. E pede bom-senso ao PM, exatamente o que lhe falta. 

É cada vez mais visível que não voltará a ser tão feliz como com António Costa. Nunca mais terá um guarda-chuva de PM que o aconchegue no seu narcisismo e o deixe fingir que o Governo responde perante o PR.

Marcelo fez mais um discurso bem conseguido na forma, mas vazio no conteúdo. O seu ressentimento, agravado pela mensagem do PM no Jornal de Notícias, que lhe esvaziou o discurso na ordem interna, levou-o a dar conselhos à UE e aos EUA colocando-se em sintonia com António Costa, com um discurso que este pode ter de engolir.

Marcelo, condenado a acólito do Governo que provocou com o parágrafo e a escusada dissolução da AR, vai continuar a estrebuchar e a vingar-se de Montenegro, sem poder esticar a corda que o pode levar a nova dissolução no mandato da desilusão.

É a vida, como dizia o saudoso António Guterres… 

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