“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. (Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazi):
Corre aí, repetido até à náusea, que Marcelo andou com o primeiro Governo de António Costa ao colo, como se tal governo não tivesse resultado do entendimento entre o PS, o PCP e o BE;
Como se o PR pudesse recusar o órgão de soberania cuja
constituição depende da AR e só perante ela responde;
Como se o insidioso Marcelo não tivesse sido o responsável
pela demissão da ministra Constança Urbano na sequência dos fogos de Pedrógão;
Como se não tivesse, depois da devassa ao gabinete de Mário
Centeno, pelo Ministério Público, a pretexto de troca de favores no pedido ao
presidente de um clube de futebol, de dois lugares no seu camarote, feito o
miserável comentário, «desta vez passa»;
Como se a tentativa de Cavaco de não dar posse a esse mesmo governo
não lhe tivesse saído frustrada na AR;
Como se tamanha mentira não fosse a tentativa de minimizar
as muitas patifarias do PR pela boa imprensa de que ainda goza e a forma de
justificar o golpe que derrubou o governo de maioria absoluta e lhe permitiu a
dissolução da AR para alterar a correlação de forças na AR entregar a folga
orçamental, o PRR e o dinamismo económico a um governo de direita;
Como se não tivesse sido o carrasco de Rui Rio, da esquerda,
do País e da decência;
Como se não ansiasse a reescrita da História quanto ao 25 de
novembro, esquecendo o 28 de setembro e o 11 de março, para diminuir o 25 de
Abril;
Como se não quisesse impedir a regulamentação da Lei da
Eutanásia e não pretendesse sabotar a sua entrada em vigor;
Como se não quisesse dificultar a IVG e fruir o deleite
beato de ver o aborto remetido à clandestinidade!
E até há quem acredite que António Costa queria ser difamado
para vir a ser presidente do Conselho da União Europeia, cargo que tinha
declinado cinco anos antes!
“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”, mas a perfídia, mesmo para um beato, não se torna sacramento.
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