A UE, a Ucrânia, os EUA e a Nato
Três anos após a invasão russa, com nacionalismos exacerbados durante a longa guerra civil ucraniana, a UE, em vez de procurar a paz, escolheu entrar na guerra.
A Ucrânia foi arrastada para a guerra por uma figura
sinistra, Boris Johnson, o líder do Partido Conservador que retirou o RU da UE.
quando a decisão dos eleitores começou a ser moldada pelas redes sociais e o
notório fascista, Steve Bannon, assessor político de Trump, veio para a Europa
em 2018 a promover os partidos populistas.
Foi nesta conjuntura que a UE se hipotecou ao Partido
Democrata dos EUA e Zelensky se converteu no herói comum, presente em todos os
areópagos do chamado Ocidente, convencido de que era o artífice da geopolítica
americana e não um joguete seu.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a
Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, comprometeram a
UE no combate à Rússia com o apoio de Biden e da Nato. Arriscaram a guerra
nuclear na Europa, e a chegada de António Costa não lhes mitigou o entusiasmo.
Pelo contrário, contagiou-se.
Algumas vezes as duas líderes pareceram dirigentes da Nato, e,
tal como Mark Rutte, Macron e Olaf Scholz, tornaram-se irrelevantes enquanto
cresceu a extrema-direita e esmoreceu o apoio europeu à causa ucraniana.
O convite de Trump aos líderes europeus da extrema-direita
no poder, para a tomada de posse, prenunciou as negociações do fim da guerra na
Ucrânia entre EUA e Rússia, sem outros interlocutores. Quem apostou tudo na
vitória de Biden revelou total incapacidade de previsão e assumiu um
compromisso ruinoso para a UE com a vitória ucraniana.
Já é claro que foram inúteis as sanções à Rússia e pesadas
as contrassanções para a UE. Deviam envergonhar-se os responsáveis das
promessas de uma derrota rápida da Rússia e do êxito da contraofensiva
ucraniana em sucessivas narrativas que impediram a reflexão sensata, agravadas
pela censura da opinião pública e o apodo de putinistas.
Os recursos dissipados pela UE com uma guerra que provocou
milhões de refugiados à Ucrânia e centenas de milhares de soldados e civis
mortos e estropiados, conduziu a UE à estagnação da economia e à
insignificância entre os atores políticos mundiais, onde os EUA e a China são
as duas únicas grandes potências à escala global.
A subserviência aos interesses dos EUA tornou a Europa
politicamente irrelevante, com uma economia em estado comatoso e as democracias
periclitantes, à mercê dos humores de um delinquente fascista que despreza o
ambiente, o direito internacional e os aliados.
Agora, perante a síndrome de Estocolmo, os vassalos
dispostos a agradar ao novo amo, os perdedores, querem 5% do PIB para comprar
armas aos EUA e sacrificar a Europa social e os seus princípios: liberdade,
democracia e respeito pelos direitos humanos.
Que Nato quer a UE perante o desinteresse dos EUA? É cada vez mais claro que o perigo vem dos EUA e não da Rússia. Porquê e para quê 5% para a Defesa? E defesa de quem? É preciso gritar a quem não quer ouvir a nossa opinião a esse respeito. NÃO!
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