Até que enfim!
A cerimónia de abertura do ano judicial sem representação da Igreja Católica não devia ser notícia. Revela apenas que a legalidade constitucional nunca foi cumprida.
Desta vez o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o procurador-geral da República e a bastonária dos advogados entenderam que não se justificava a presença de um representante da Igreja. Com a Constituição (CRP) a vigorar desde 2 de abril de 1976, parece impossível que só agora passe a respeitar-se o seu carácter laico.
Mas vale mais tarde do que nunca e não pode deixar de felicitar-se quem decidiu que a CRP é para cumprir. Aqui fica, pois, o meu aplauso.
Comentários
Esperemos é que Marcelo (independentemente da sua convicção religiosa), como o mais alto representante do Estado laico, também deixe nas cerimónias oficiais, de beijar a mão (como é seu hábito), e no que isso representa de uma clara submissão ao dignatário da Igreja Católica!