A trasladação de Eça de Queirós para o Panteão

A longa cerimónia, que acabo de recuperar, foi longa e gratificante. Recordar parágrafos de algumas das obras-primas de Eça, O Crime do Padre Amaro, Os Maias, A cidade e as Serras e O Primo Basílio é um convite à releitura. A interpretação do Hino Nacional e as árias de Haydn, Gounod e Ambroise Thomas, descritas nos seus romances foi um bónus que só a presença dos figurões saídos do golpe de 7 de novembro PR/PGR ensombrou.

Poucas personalidades merecem tanto as honras do Panteão, a espécie de templo laico que a França consagrou e Portugal imitou, como Eça de Queirós. 

A Cidade e as Serras foi ilustrada com a presença do PM, rural/urbano. Só faltou que a figura que diariamente me aparece nos ecrãs da TV ficasse com o escritor no Panteão, a fazer-lhe companhia na eternidade, mas o Panteão é para os mortos e o vivo andará aí a incomodar-me durante mais 1 ano, 2 meses e 1 dia. É pena!   



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