Metáfora do dia

Recordo um emigrante no Luxemburgo cujo nome omito por respeito à sua memória e aos filhos, mais novos do que eu.

Fez uma bela casa na aldeia onde nasceu e comprou depois excelentes mobílias. Houve apenas uma contrariedade que hilariou os invejosos conterrâneos e deixou possesso o emigrante. A mobília entrou na sala pela varanda, de onde voltou a sair por não caber nas portas para as divisões a que era destinada.

Lembrei-me disso por causa do Nuno Melo que está longe de ser tão burro como parece. Comprou uns helicópteros para a Força Aérea à custa do PRR, o que é ilegal, e vendeu a ideia de que se destinavam a socorrer doentes e feridos. Um golpe de mestre!

O diabo está nos detalhes. Tal como as mobílias do emigrante estes helicópteros não cabem nos locais onde o ministro disse que seriam usados, os heliportos dos Hospitais.

Para o desastre ser completo só faltava que colocasse nos heliportos dos Hospitais os técnicos formados na Tecnofoma, empresa do ora Professor Doutor Passos Coelho, com mais de 6 milhões de euros atribuídos pelo ex-Dr. Miguel Relvas, então Sec. de Estado, e cuja devolução a UE exigiu.


Comentários

Caro Carlos Esperança
Assistimos a cenas hilariantes, provindas do interior deste (des)governo que nos calhou.
Todavia, já me parece ter ouvido, em declarações na TV, o general de Olivença a desancar na ANAC, dizendo que a ANAC deu pareceres positivos para todos os heliportos, foi mais ou menos isto.
Tornou-se um hábito os ministros e PM deste governo destratar em público as entidades públicas... excepto o PGR Guerra, que esse é o próprio Tribunal da Relação de Lisboa que o desmente...
Vivemos de facto num mundo risível...
Também ouvi. Mas ouvi um comandante da TAP reformado que aparece frequentemente a comentar assuntos aeronáuticos onde o julgo uma voz muito respeitada.

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