Autarquias e sinecuras

A decisão do Tribunal Constitucional de considerar legal a impossibilidade de os autarcas acumularem os seus vencimentos na íntegra com o desempenho de outras funções, públicas ou privadas, é uma medida de higiene pública que merece aplauso.

A permanente campanha, injusta e caluniosa, contra as regalias dos deputados, titulares do órgão da soberania onde reside a legitimidade democrática, por excelência, tem servido de nevoeiro para encobrir as sinecuras que, à sombra do poder local, beneficiam autarcas de obscuros concelhos.

As Empresas Públicas Municipais proliferam como cogumelos e vão-se transformando num expediente para colocar amigos e aumentar os proventos dos autarcas.

Cabe ao PS pôr cobro aos desmandos e mostrar coragem política para moralizar os interesses pantanosos que grassam no bloco central.

Apostila – Não duvido das boas intenções do projecto de lei eleitoral autárquico que o PS apresentou ontem na AR. Gostava de partilhar o optimismo aqui demonstrado em «Autarquias: Refrescante...», por Miguel Oliveira.
Se, já agora, quase não existe fiscalização nas Câmaras de menor dimensão, temo que a oposição se torne ainda mais difícil e ineficiente.

Comentários

Anónimo disse…
e as àguas do mondego, também entram para as contas ?
serão puras e cristalinas ou turvas que impedem verificar a cor da rapaziada que foi colocada?
Anónimo disse…
Enjoyed a lot! »

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides