Vantagens e malefícios do bloco central
O bloco central de interesses afigura-se prejudicial à democracia e à ética republicana e suspeita-se que a convergência entre o PS e o PSD seja perniciosa e ponha em causa o prestígio das instituições.
Mas, sejamos realistas. No actual quadro político são difíceis as maiorias estáveis e as coligações, à esquerda, têm-se revelado praticamente impossíveis, salvo na Câmara de Lisboa onde a coligação autárquica revelou capacidade de gestão exemplar.
Uma coligação PS/PSD só seria admissível num quadro de catástrofe, que não se prevê, e seria pouco saudável para o regime. Resta, pois, uma aliança entre o PS e um ou mais partidos à sua esquerda quando o PCP renunciar ao centralismo democrático.
Esta é uma experiência possível para quando o PS perder a maioria absoluta, se os seus militantes e dirigentes o desejarem. Como mero eleitor não vejo inconvenientes.
No outro lado do espectro partidário a experiência, reincidente, deu maus resultados. O Governo de Durão Barroso ou o inconcebível consulado de Santana Lopes permanecem como triste recordação dos Governos de direita em Portugal.
Nunca, depois de Abril, se manipularam as forças de segurança como nesses consulados infelizes. Nunca Portugal participara num crime internacional – invasão do Iraque –, com base na mentira e ao arrepio da ONU, do direito e da nossa Constituição.
Bagão Félix chegou às Finanças e acabou a discussão sobre quem foi o pior ministro de sempre na referida pasta. Celeste Cardona sobraçou a Justiça e politizou a PJ enquanto Portas tentava o controlo das outras polícias e das Forças Armadas. O País foi posto sob escuta e nem o PR foi poupado.
Na Moderna havia juízes a dar aulas remuneradas e o mais pesado silêncio desceu sobre os ilícitos e os beneficiários. No Apito Dourado afastaram os polícias que deslindaram a trama. O Director da PJ que trucidou politicamente Ferro Rodrigues e violou o segredo de justiça é hoje um honrado juiz desembargador. O «envelope 9» foi embrulhado e não se sabe quem pôs a democracia sob escuta e com que fins.
A economia registou uma grave recessão e foi evidente o fracasso de Durão Barroso e Santana Lopes para vencerem a crise.
Houve sérios indícios de uma central de intoxicação, com sede em S. Bento, à espera de esclarecimento. Ministros como Cardona, Portas, Bagão Félix e Martins da Cruz, foram comissários políticos de uma direita truculenta, ávida de controlar o poder à margem da ética e do respeito pelas regras democráticas.
Os governos PSD/CDS foram um pesadelo cujo fim se deve às trapalhadas de Santana Lopes, depois do desastroso biénio de Durão Barroso que lhe endossou o partido e o Governo, antes de fugir para Bruxelas apoiado por Bush, Blair, Berlusconi e Aznar.
Comentários
A apertar a mão a um ditador(zito).
Houve alguém que disse que em Portugal se iria assistir a uma ditadura silênciosa...
Para quê sindicatos, se antes das negociações já estão tomadas decisões?!
É UMA VERGONHA.... ISTO É QUE É A MINHA ESQUERDA?????
"BLOCO CENTRAL...."
A imagem de Sócrates a apertar a mão do Marques, ofende as pessoas. Disseram-nos que quem ia governar era um partido de índole socialista. E não é. Nunca gramei o Dr. Mário Soares por se dizer socialista, enganando o povo, pois descobri que ele se dizia socialista aqui mas na Europa era social democrata. E a treta mantem-se à trinta anos. Esta gente não merece a minha consideração porque só dispõem de benesses à minha custa e dos outros. Não era o CM de hoje que dizia que 60% dos impostos era para pagar salários a estes cavalheiros? Não tenho nenhuma consideração por esta gente pois é notório que eles estão no poder para tratarem da vidinha... e, se puderem, mandarem os outros para a sucata. De momento, não consigo ver uma única medida positiva mas consigo ver aí umas quatro ou cinco péssimas. Quando chegará a palavra solidariedade à políitca?
JS
O meu avô e pai, ensinaram-me o que é e o que são idiologias de esquerda, isto é, mostraram-me o valor do Franco e Fraterno SOCIALISMO.
Este governo tem tudo menos isso!
Não me identifico em nada com esta politica unica e exclusivamente económica.
Pobres daqueles que interiorizaram que a riqueza de um país reside única e exclusivamente na capacidade de gerar dinheiro…
Estou aqui a pedir desculpas a todo o país de ter votado nestes senhores... votei no PS, jamais votei neste senhores que se socialistas pouco têm...
Há quantas Luas não lhe punha o olho em cima?!
O Botas é que tinha razão ele sabia e soube sempre com quem lidava
E lá vai o " bolo" sempre para os mesmos nas reformas nas empresas no aparelho, e a côdea para o povo.
Agora parece que já não chega para saciar o apetite vai de dar mais "pancada" nos mesmos nos malandros dos F. Publicos então estes senhores não andam cheios de regalias??? ele é carro ele é telemovel, ele é cartão de crédito ele é reformas com quatro e oito anos em que o tempo conta todo,ele é indemenizações por sairem antes do fim do mandato como veem estes F.Publicos são uma malandragem.
O "bloco central" é pernicioso porque como se diz ( no 1º. paragrafo do post) é, pura e simplesmente, um alfobre de interesses.
De resto, o que vemos é um PS a "namorar" no espaço político da direita e o PSD - incapacitado de se mover na esquerda - a "gritar" por pactos de regime, única maneira de "atestar" que, ainda, existe.
Mais: um PS "afundado" e afunilado no deficite orçamental, mandando o seu posicionamento ideológico às urtigas e um PSD sem nada para se agarrar (nem sequer o deixam colar-se ao movimento ultra-liberal denominado como "Compromisso Portugal").
Pergunto: com todos estes "malabarismos" políticos, como é possível os portugueses acreditarem em qualquer coisa?
O desâmino e o pessimismo, são subsidiários da "morte" das ideologias e comparsas das (des)motivações para a luta política (democrática).
A "calma" aparente e o conformismo, não são mais do que uma paz podre.
As sondagens (no meio do mandato) uma enibriante bebedeira do falso (e antecipado) sucesso.
Quando falamos na "perda de confiança económica" (expressão tão cara aos tecnocratas) estamos a exteriorizar o desencanto pelas lideranças insípidas, incolores e inodoras.´Todavia, sem a transparência da água.
O "bloco central" é:
- a vala comum do debate democrático;
- o cemitério das saudáveis diversidades que são a matriz sociológica do País;
- o fim das identidades políticas.
O "bloco central" não é o exercício democrático - são "arranjos".
E, para chegar aí, não é necessário uma coligação formal PS/PSD.
Bastam os pactos!
O comentário - como se depreende -visa os malefícios...
Honestamente, não consegui devisar vantagens.
Limitações da minha parte.
Na Europa os socialistas fazem parte do grupo social democrata. Ignorante.
Ditador foi o Cavaco Silva e muitos comunas e socialistas votaram nele senão ele não tinha tido maioria absoluta
Posto isto:
Socialismo é um sistema político onde todos os meios de produção pertencem ao Estado, onde não existe o direito à propriedade privada e, em tese, a desigualdade social.
A expressão socialismo foi consagrada por Robert Owen em 1841, terá sido pela primeira vez utilizada com uma certa precisão por Pierre Leroux, em 1831, seguido de Fourier, 1833, depois de começar a circular por volta de 1820.
Ao longo de décadas, o chamado Socialismo existente alterou profundamente a semântica do termo "Socialismo", que hoje é associado por alguns ao totalitarismo e ao desrespeito a certos direitos humanos. O desafio que enfrentam alguns teóricos de hoje, notadamente os de orientação revisionista, é associar a idéia de socialismo à democracia e devolver valores humanísticos em seus ideais, muito embora a teoria marxista-leninista nunca tenha previsto esta associação em suas obras. Nesse sentido, o socialismo, nos tempos de hoje, pode ser visto como um "movimento" que visa à justiça social, deixando, portanto, a clássica definição de socialismo como "forma de produção".
O Socialismo hoje, por alguns daqueles que o estudam, é visto como uma teoria a ser somada dentro de um complexo sistema que é a sociedade humana e, junto com o capitalismo, será levado em conta para a construção de uma nova ordem.
As múltiplas variantes de socialismo partilham uma base comum que é a transformação do sistema económico, baseado na propriedade privada dos meios de produção, numa nova e diferente ordem social. Para caracterizar uma sociedade socialista é necessário que estejam presentes os seguintes elementos fundamentais: propriedade social dos meios de produção, o monopólio do comércio exterior e pela planificação económica.
De facto, As diferentes teorias socialistas surgiram como reacção ao quadro de desigualdade, opressão e exploração na sociedade capitalista do século XIX, com a proposta de buscar uma nova harmonia social por meio de drásticas mudanças, como a transferência dos meios de produção das classes proprietárias para os trabalhadores.
Sucede que este contexto histórico mudou e não podemos, quando nos mexem egoisticamente nos nossos interesses, invocar esta questão histórica para criticar quem nos está a ir ao bolso.
O Socialista também é em algumas partes do mundo TOTALITÁRIA e DITADORA.