O Irão pôs em funcionamento, hoje, a sua primeira central nuclear, em Bouchehr [no sul do país], com a colaboração técnica da Rússia….AFP[hoje]
Como é possível conceber um país "emparedado" entre lapidações e tecnologias nucleares?
Comentários
Anónimo disse…
Lapidações? Claro, e-pá, condenável! Mas, então, como é possível conceber Israel emparedado entre dezenas/centenas de bombas nucleares a sério e o quase-genocídio/massacre do povo civil inocente palestiniano? E conceber uma potência paradigma da democracia, os states, emparedado entre horrores cometidos contra democracias do Centro e Sul americano e invasões a seu bel-proveito do Iraque e Afeganistão com a morte de milhares de cidadãos inocentes desses países?
Claro, que o Mundo está "emparedado" em profundas, imensas e, talvez, insanáveis, contradições.
Claro, também, que os actuais tempos de globalização estão a conduzir-nos a um beco sem saída.
Óbvio, que os EUA [arvorado em polícia do Mundo] permite-se cometer - em nome da conservação de uma caduca hegemonia imperial - as maiores iniquidades [a actual crise financeira é um dos exemplos] e inumeras barbaridades.
Com certeza que outro dos exemplos deste estado de coisas é o ambíguo e nefasto posicionamento [dos EUA] sobre a dramática situação do Médio Oriente, travestindo uma indispensável mediação de pacificação [envolvendo Israel, Palestina, Jordânia, Libano, Irão, Iraque, Egipto, etc...] com uma prévia tomada de posição condicionada ao lema: o que é bom para Israel deverá ser óptimo para a Paz!
Etc...
O que se pretendia sublinhar com o sucinto e telegráfico post era a clamorosa contradição de um País [Irão] que caminha para um incontestável avanço tecnológico [o desenvolvimento de um programa nuclear à revelia dos "desejos" e "temores" do dito Ocidente] e bárbaras situações no campo humanitário, determinadas por fundamentalismos religiosos [que, aliás, também existem noutros países].
Não havia qualquer pretensão de analisar a situação global do Mundo.
Tratava-se de assinalar uma efeméride tout court, i.e., no estrito contexto da nação persa. Nem tão pouco havia a pretensão de analisar as controversas polémicas que vêm sendo urdidas à volta do desenvolvimento do programa nuclear iraniano ["outro" assunto que dava pano para mangas...].
«Agora, com pena o digo, não tenho qualquer dúvida que [Marcelo Rebelo de Sousa] vai ficar na História como o pior presidente de todos». (Lida no blogue Causa Nossa, Vital Moreira)
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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Claro, que o Mundo está "emparedado" em profundas, imensas e, talvez, insanáveis, contradições.
Claro, também, que os actuais tempos de globalização estão a conduzir-nos a um beco sem saída.
Óbvio, que os EUA [arvorado em polícia do Mundo] permite-se cometer - em nome da conservação de uma caduca hegemonia imperial - as maiores iniquidades [a actual crise financeira é um dos exemplos] e inumeras barbaridades.
Com certeza que outro dos exemplos deste estado de coisas é o ambíguo e nefasto posicionamento [dos EUA] sobre a dramática situação do Médio Oriente, travestindo uma indispensável mediação de pacificação [envolvendo Israel, Palestina, Jordânia, Libano, Irão, Iraque, Egipto, etc...] com uma prévia tomada de posição condicionada ao lema: o que é bom para Israel deverá ser óptimo para a Paz!
Etc...
O que se pretendia sublinhar com o sucinto e telegráfico post era a clamorosa contradição de um País [Irão] que caminha para um incontestável avanço tecnológico [o desenvolvimento de um programa nuclear à revelia dos "desejos" e "temores" do dito Ocidente] e bárbaras situações no campo humanitário, determinadas por fundamentalismos religiosos [que, aliás, também existem noutros países].
Não havia qualquer pretensão de analisar a situação global do Mundo.
Tratava-se de assinalar uma efeméride tout court, i.e., no estrito contexto da nação persa.
Nem tão pouco havia a pretensão de analisar as controversas polémicas que vêm sendo urdidas à volta do desenvolvimento do programa nuclear iraniano ["outro" assunto que dava pano para mangas...].