Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Ao ver as imagens da tragédia hoje ocorrida na A25 interrogo-me:
- perante condições metereológicas tão adversas não deveria a Protecção Civil encerrar [temporariamente] as estradas atingidas?
Não é o que fazem as autoridades de controlo do trafego aéreo nos aeroportos [onde operam aeronaves com sotisticados instrumentos de navegação]?
Não é o que se faz nas estradas das estâncias de montanha?
Porque não fazê-lo, também, nas rodovias [perante casos de neblina cerrada, como podemos ver hoje]?