Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Esperemos ansiosamente pelo Sócrates para que ele ponha, como fazia quando era PM, esses magnatas de agora a cantar a Grândola com o Povo. Sim, porque o Sócrates até tirava os Armani para melhor se misturar com os anseios do Povo...
Quem acredita em milagres é sempre enganado.
Como de costume, quando faltam os argumentos, vai-se para o ataque pessoal ... Não está mal, até legitima que diga que, de facto, o pior cego é mesmo aquele que não quer ver.