A culpa que a direita endossa à esquerda

Há quem afirme que a extrema-direita é consequência da extrema-esquerda, a reação de quem, perante um extremo, escolhe o de sinal contrário.
Para evitar discussões sobre o que pode designar-se extremismo, basta lembrar os países que transitaram do fascismo para partidos conservadores ou social-democratas. Aliás, é o exemplo de todos os países fascistas substituídos por sistemas pluripartidários.

A descida eleitoral da CSU, cada vez mais à direita, e o crescimento da AfD mostraram na Baviera (Alemanha), como, aliás, um pouco por todo o mundo, que a extrema-direita cresce quanto mais a direita se radicaliza.

O exemplo espanhol, com o PP de Pablo Casado, a assumir a herança franquista, com a radicalização à direita, viu surgir com pujança uma pequena formação marginal – VOX –, abertamente fascista, a reunir milhares de alucinados em transe, na Galiza de Franco e Fraga Iribarne.

As leis da política contrastam com as da Física. Quanto mais os partidos conservadores se encostam à direita, mais espaço abrem à extrema-direita.

Está a acontecer.

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