Marcelo e a reescrita da História
Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, por força do voto popular, mais presidente do que republicano, está ansioso por voltar ao lugar de onde partiu, ao seio da direita portuguesa, sejam quais forem os caminhos a percorrer ou a Vichyssoise a servir à mesa dos sem-abrigo da política e dos esquecidos da História.
A propósito do 25 de novembro, Marcelo procurou aliciar Ramalho Eanes, o PR que o antecedeu no cargo disputado ao seu presumível preferido, gen. Soares Carneiro, para evocar a data que o próprio Eanes considerou dividir os portugueses, e que é uma velha tentativa do CDS, ora em pré-defunção, para a confiscar em seu proveito.
A tentativa de diminuir o 25 de Abril é uma velha aspiração da direita mais reacionária, como se Vasco Lourenço, Otelo e Vítor Alves não tivessem assumido a liderança de um movimento que se comprometeu a Descolonizar, Democratizar e Desenvolver o País.
Ignoram que Salgueiro Maia esteve no Carmo; que Gertrudes da Silva foi de Viseu e se lhe juntarem os camaradas de Aveiro e da Figueira da Foz, que neutralizaram a Pide em Peniche, e marcharam sobre Lisboa; que Delgado Fonseca foi de Lamego para o Porto; que José Fontão e os seus 4 capitães prenderam Silvino Silvério Marques e Pedro Serrano, no Governo Militar de Lisboa, e realizaram as tarefas distribuídas; que Teófilo Bento tomou a RTP e a colocou ao serviço do MFA; que Costa Martins tomou sozinho o aeroporto de Lisboa e encerrou o espaço aéreo nacional; que Monteiro Valente fechou a fronteira de Vilar Formoso; que Garcia dos Santos foi o responsável das Transmissões no 25 De Abril e em igual dia de novembro; que houve o Conselho da Revolução; que o Grupo dos 9 que esteve no 25 de Abril e no 25 de novembro, tendo no terreno Ramalho Eanes com Jaime Neves, sob o comando de Costa Gomes por intermédio do Governo Militar de Lisboa.
Perdoem-me os heroicos capitães de Abril que ora omito, e os 5 mil militares que foram os pais da democracia que nos legaram, como prometeram, e a que os deputados, saídos das eleições, se cencarregaram de lhe estabelecer os contornos.
Marcelo quer regressar ao sítio de onde partiu, ao ambiente do regime que lhe moldou a origem, à elite conservadora que não tolerou o ruído da Revolução e o medo que sentiu.
Entre o 28 de maio familiar e o 25 de Abril exógeno, quer ressuscitar o 25 de novembro, sem ouvir os militares que ainda estão vivos e o protagonizaram.
Depois de designar como irmão a Jair Bolsonaro e de outorgar o mais elevado grau da Ordem da Liberdade a Cavaco Silva, quer agora subverter a História e confiscar para os seus a data que os autores consideram um detalhe no papel heroico que assumiram no 25 de Abril.
Viva o 25 de Abril! Sempre!
A propósito do 25 de novembro, Marcelo procurou aliciar Ramalho Eanes, o PR que o antecedeu no cargo disputado ao seu presumível preferido, gen. Soares Carneiro, para evocar a data que o próprio Eanes considerou dividir os portugueses, e que é uma velha tentativa do CDS, ora em pré-defunção, para a confiscar em seu proveito.
A tentativa de diminuir o 25 de Abril é uma velha aspiração da direita mais reacionária, como se Vasco Lourenço, Otelo e Vítor Alves não tivessem assumido a liderança de um movimento que se comprometeu a Descolonizar, Democratizar e Desenvolver o País.
Ignoram que Salgueiro Maia esteve no Carmo; que Gertrudes da Silva foi de Viseu e se lhe juntarem os camaradas de Aveiro e da Figueira da Foz, que neutralizaram a Pide em Peniche, e marcharam sobre Lisboa; que Delgado Fonseca foi de Lamego para o Porto; que José Fontão e os seus 4 capitães prenderam Silvino Silvério Marques e Pedro Serrano, no Governo Militar de Lisboa, e realizaram as tarefas distribuídas; que Teófilo Bento tomou a RTP e a colocou ao serviço do MFA; que Costa Martins tomou sozinho o aeroporto de Lisboa e encerrou o espaço aéreo nacional; que Monteiro Valente fechou a fronteira de Vilar Formoso; que Garcia dos Santos foi o responsável das Transmissões no 25 De Abril e em igual dia de novembro; que houve o Conselho da Revolução; que o Grupo dos 9 que esteve no 25 de Abril e no 25 de novembro, tendo no terreno Ramalho Eanes com Jaime Neves, sob o comando de Costa Gomes por intermédio do Governo Militar de Lisboa.
Perdoem-me os heroicos capitães de Abril que ora omito, e os 5 mil militares que foram os pais da democracia que nos legaram, como prometeram, e a que os deputados, saídos das eleições, se cencarregaram de lhe estabelecer os contornos.
Marcelo quer regressar ao sítio de onde partiu, ao ambiente do regime que lhe moldou a origem, à elite conservadora que não tolerou o ruído da Revolução e o medo que sentiu.
Entre o 28 de maio familiar e o 25 de Abril exógeno, quer ressuscitar o 25 de novembro, sem ouvir os militares que ainda estão vivos e o protagonizaram.
Depois de designar como irmão a Jair Bolsonaro e de outorgar o mais elevado grau da Ordem da Liberdade a Cavaco Silva, quer agora subverter a História e confiscar para os seus a data que os autores consideram um detalhe no papel heroico que assumiram no 25 de Abril.
Viva o 25 de Abril! Sempre!
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