Auschwitz – 27 de janeiro de 1945 – 75.º aniversário
O campo de concentração de Auschwitz era, em boa verdade, uma rede de campos de extermínio no sul da Polónia, gerida pelo Terceiro Reich e colaboracionistas polacos, com 45 campos satélites. Foram gaseados aí 2,5 milhões de homens, mulheres e crianças, e mais 500 mil mortos à fome e de doença até à libertação dos sobreviventes, em 27 de janeiro de 1945, com a entrada das tropas soviéticas.
Hoje é o 75.º aniversário do dia comemorado mundialmente como Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Em Auschwitz foram metódica e friamente exterminados três milhões de judeus, metade do total com que Hitler quis erradicar um povo, com a sua demência xenófoba, a crença de que os arianos eram uma raça superior e o nazismo a nova religião.
Para lá do horror e da perversão, é apavorante a quantidade de fanáticos que o nazismo criou, o indiferentismo amoral que gerou, o silêncio cúmplice que subsistiu e a cegueira que afetou multidões que se recusaram a acreditar.
O nazismo e o fascismo foram fenómenos de natureza secular, mas não foram alheios os versículos do Novo Testamento e a cumplicidade do clero católico e protestante que, no seu antissemitismo, não divergiram.
Do livro «A Igreja católica e o Holocausto - Uma dívida moral», de Daniel Jonah Goldhagen, embora com deficiente rigor nos números, respiguei os dados seguintes:
«O Evangelho segundo S. Marcos tem cerca de 40 versículos antissemitas; o Evangelho segundo São Lucas tem cerca de 60 versículos explicitamente antissemitas e apresenta João Baptista a chamar aos judeus «raça de víboras»; o Evangelho segundo São Mateus tem cerca de 80 versículos explicitamente antissemitas: os Atos dos Apóstolos têm cerca de 140 versículos explicitamente antissemitas; o Evangelho segundo S. João contém cerca de 130 versículos antissemitas.»
«Só estes cinco livros contêm versículos explicitamente antissemitas suficientes, num total de 450, para haver em média mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia» (pág. 316 e seguintes).
Quando os demónios nacionalistas voltam, com o veneno racista, xenófobo e genocida, é responsabilidade de todos os democratas denunciar e combater o antissemitismo e as limpezas étnicas que estão em curso ou à espera de oportunidade.
Depois de Auschwitz ninguém tem o direito de voltar a dizer que não sabia.
Hoje é o 75.º aniversário do dia comemorado mundialmente como Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Em Auschwitz foram metódica e friamente exterminados três milhões de judeus, metade do total com que Hitler quis erradicar um povo, com a sua demência xenófoba, a crença de que os arianos eram uma raça superior e o nazismo a nova religião.
Para lá do horror e da perversão, é apavorante a quantidade de fanáticos que o nazismo criou, o indiferentismo amoral que gerou, o silêncio cúmplice que subsistiu e a cegueira que afetou multidões que se recusaram a acreditar.
O nazismo e o fascismo foram fenómenos de natureza secular, mas não foram alheios os versículos do Novo Testamento e a cumplicidade do clero católico e protestante que, no seu antissemitismo, não divergiram.
Do livro «A Igreja católica e o Holocausto - Uma dívida moral», de Daniel Jonah Goldhagen, embora com deficiente rigor nos números, respiguei os dados seguintes:
«O Evangelho segundo S. Marcos tem cerca de 40 versículos antissemitas; o Evangelho segundo São Lucas tem cerca de 60 versículos explicitamente antissemitas e apresenta João Baptista a chamar aos judeus «raça de víboras»; o Evangelho segundo São Mateus tem cerca de 80 versículos explicitamente antissemitas: os Atos dos Apóstolos têm cerca de 140 versículos explicitamente antissemitas; o Evangelho segundo S. João contém cerca de 130 versículos antissemitas.»
«Só estes cinco livros contêm versículos explicitamente antissemitas suficientes, num total de 450, para haver em média mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia» (pág. 316 e seguintes).
Quando os demónios nacionalistas voltam, com o veneno racista, xenófobo e genocida, é responsabilidade de todos os democratas denunciar e combater o antissemitismo e as limpezas étnicas que estão em curso ou à espera de oportunidade.
Depois de Auschwitz ninguém tem o direito de voltar a dizer que não sabia.
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