COVID- 19 – A Ana e o Fernando
Quando o medo e a incerteza se agravam, as notícias não tranquilizam e as redes sociais disseminam o pânico, a insegurança apodera-se das pessoas e surge o que há de pior em cada um.
O egoísmo dos açambarcadores, os instigadores do ódio e os pregadores do apocalipse encontram terreno fértil para a demência a insensatez e a maldade.
É nestas alturas que, a par da pusilanimidade, do egoísmo e da desumanidade, aparecem exemplos que nos redimem, atos que, na sua singeleza, revelam o altruísmo que habita as pessoas de bem.
Seria enorme ingratidão silenciar o exemplo que preenche esta crónica, de onde exonero a literatura para referir a comovedora disponibilidade da Ana e do Fernando. Quero viver para os abraçar, quando, depois da tempestade, vier a bonança.
No prédio onde habito há 17 apartamentos de tipologia diversa e os moradores são maioritariamente idosos, os mais vulneráveis ao coronavírus, alguns com dificuldade de locomoção.
No 2.º andar vive um casal jovem cujos nomes desconhecia e que, em boa verdade, não tinha a certeza da sua morada.
Imaginem, caros leitores, como me senti quando li o aviso manuscrito que me chamou a atenção. Esqueçam a prosa, lembrem-se de que num prédio, algures em Coimbra, vivem a Ana e o Fernando. Não sou tão eloquente a descrever a seu altruísmo como o prova o aviso que fotografei e reproduzo.
Dizem onde moram, dão os números dos telemóveis e oferecem-se para ir às compras, à farmácia, etc... Basta que lhes batam à porta ou lhes telefonem.
Neste prédio deixámos de estar sós.
O egoísmo dos açambarcadores, os instigadores do ódio e os pregadores do apocalipse encontram terreno fértil para a demência a insensatez e a maldade.
É nestas alturas que, a par da pusilanimidade, do egoísmo e da desumanidade, aparecem exemplos que nos redimem, atos que, na sua singeleza, revelam o altruísmo que habita as pessoas de bem.
Seria enorme ingratidão silenciar o exemplo que preenche esta crónica, de onde exonero a literatura para referir a comovedora disponibilidade da Ana e do Fernando. Quero viver para os abraçar, quando, depois da tempestade, vier a bonança.
No prédio onde habito há 17 apartamentos de tipologia diversa e os moradores são maioritariamente idosos, os mais vulneráveis ao coronavírus, alguns com dificuldade de locomoção.
No 2.º andar vive um casal jovem cujos nomes desconhecia e que, em boa verdade, não tinha a certeza da sua morada.
Imaginem, caros leitores, como me senti quando li o aviso manuscrito que me chamou a atenção. Esqueçam a prosa, lembrem-se de que num prédio, algures em Coimbra, vivem a Ana e o Fernando. Não sou tão eloquente a descrever a seu altruísmo como o prova o aviso que fotografei e reproduzo.
Dizem onde moram, dão os números dos telemóveis e oferecem-se para ir às compras, à farmácia, etc... Basta que lhes batam à porta ou lhes telefonem.
Neste prédio deixámos de estar sós.
Ponte Europa / Sorumbático
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