A religião, a moral e a política
No Brasil, uma menina de 10 anos, grávida e violada pelo tio, desde os 6, foi autorizada por um juiz a interromper a gravidez, contra a forte contestação de grupos evangélicos e de extrema-direita que levaram vários hospitais a recusarem fazer o aborto.
O juiz determinou ainda a saída da menina da cidade de São Mateus, no Espírito Santo, onde vivia, para Recife, estado de Pernambuco, a fim de fugir aos grupos violentos que procuravam impedir o aborto, agitados pela extremista Sara Winter, líder de um grupo radical de apoio a Bolsonaro.
A demência prosélita da senhora Sara Winter levou-a a publicitar a identidade da vítima e o hospital para onde fora transferida, acirrando os fanáticos a impedirem o aborto e a hostilizarem a criança, tendo sido necessária a intervenção policial para controlar o tumulto.
Não surpreenderam os grupos evangélicos de extrema-direita que levaram Bolsonaro ao poder, e cultivam o ódio e a violência. Aliás, quem despreza o risco de vida materna, na gravidez de uma criança de 10 anos, é perverso e amoral.
É gente vingativa, misógina e fanática, que não se limita a usar para si valores de que se diz portadora e que é capaz de matar para os impor. Quem surpreende é o bispo católico Walmor Oliveira, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O troglodita paramentado foi o veículo litúrgico que colidiu com a vida de uma criança, apoiando os grupos de malfeitores ao considerar o aborto da menina de 10 anos, grávida do tio, “um crime hediondo e inexplicável”.
Quando o presidente da Conferência Episcopal exibe tão insólita frieza, tal misoginia, e a mais boçal indiferença perante a vida da criança, não se estranha que considere crime o aborto e silencie a condenação do repulsivo crime de violação pelo tio. É a indiferença afetiva de um pétreo celibatário endurecido por jejuns e abstinências.
Os que pressionaram a menina, para impedirem o aborto, não defendem a vida, odeiam as mulheres, desde o nascimento, e culpam a vítima e não o criminoso.
O juiz determinou ainda a saída da menina da cidade de São Mateus, no Espírito Santo, onde vivia, para Recife, estado de Pernambuco, a fim de fugir aos grupos violentos que procuravam impedir o aborto, agitados pela extremista Sara Winter, líder de um grupo radical de apoio a Bolsonaro.
A demência prosélita da senhora Sara Winter levou-a a publicitar a identidade da vítima e o hospital para onde fora transferida, acirrando os fanáticos a impedirem o aborto e a hostilizarem a criança, tendo sido necessária a intervenção policial para controlar o tumulto.
Não surpreenderam os grupos evangélicos de extrema-direita que levaram Bolsonaro ao poder, e cultivam o ódio e a violência. Aliás, quem despreza o risco de vida materna, na gravidez de uma criança de 10 anos, é perverso e amoral.
É gente vingativa, misógina e fanática, que não se limita a usar para si valores de que se diz portadora e que é capaz de matar para os impor. Quem surpreende é o bispo católico Walmor Oliveira, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O troglodita paramentado foi o veículo litúrgico que colidiu com a vida de uma criança, apoiando os grupos de malfeitores ao considerar o aborto da menina de 10 anos, grávida do tio, “um crime hediondo e inexplicável”.
Quando o presidente da Conferência Episcopal exibe tão insólita frieza, tal misoginia, e a mais boçal indiferença perante a vida da criança, não se estranha que considere crime o aborto e silencie a condenação do repulsivo crime de violação pelo tio. É a indiferença afetiva de um pétreo celibatário endurecido por jejuns e abstinências.
Os que pressionaram a menina, para impedirem o aborto, não defendem a vida, odeiam as mulheres, desde o nascimento, e culpam a vítima e não o criminoso.
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