Obrigado, ministério da Saúde!

Sou dos acreditam que a esperança de vida não aumentará eternamente, que, no futuro, haverá avanços e recuos e, no presente, efeitos nefastos do combate que a COVD-19 mobilizou e dos que aproveitaram o pretexto para diminuírem a atividade assistencial.

Dito isto, foi com asco que, há dias, ouvi a calúnia de que em Portugal teriam sido dadas ordens para diminuir os testes covid para reduzir o número de infetados a anunciar. Não só era mentira como Portugal é dos países que mais testes efetua, per capita.

Os alarmistas profissionais e terroristas acidentais não vão de férias.

Hoje, a RTP-1, jornal das 20H00, José Rodrigues dos Santos anunciava, com excitação, que nunca tinha morrido tanta gente em Portugal como no mês de julho deste ano, antes de dar a palavra ao bastonário da Ordem dos Médicos, alarmista de serviço e aparente adversário do SNS.

Foi consolador ter recebido, horas antes, este email do catedrático jubilado de Pediatria, Henrique Carmona da Mota, uma referência ética, cívica e científica, que me honra com a inclusão na sua lista de amigos:

Não há outra explicação (NHOE)? Afinal há outra:

“O artigo comparou a mortalidade global de Julho com a de 12 anos anteriores. Escolheu o mês em que a mortalidade é mais instável, devido a picos ocasionais de mortalidade. Apesar das grandes variabilidades entre determinados meses, as mortalidades anuais têm variações muito menores; tem-se verificado tendência de crescimento linear das mortalidades, desde cerca de 105 mil mortes no ano de Junho de 2009 a Julho de 2010 até cerca de 112 mil de Junho de 2019 a Julho de 2020. Assim, a mortalidade observada em 2019/20 está em linha com a esperada pela tendência. Este facto deve ser levado em conta no jogo da caça aos culpados pelo excesso de mortalidade. Óscar Mota, médico reformado.”

Apostila – Divulgo por dever cívico

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides