O Expresso, o PM e a OM

Quem divulga uma conversa privada, sabendo os danos que pode causar, não cumpre o dever de informar, trai a confiança, que não merece, e exonera a ética da conduta. Não é um jornalista, é um delator que a Pide recrutaria, que qualquer polícia secreta gostaria de ter como informador, exigindo-lhe a exclusividade.

Mas, as virgens ofendidas, os promotores de campanhas negras, deviam também refletir sobre a sua postura moral, nomeadamente o bastonário que desconhece os poderes das Ordens, que podem ser revogados pelo Estado que os delegou.

Há quem confunda as Ordens, resquícios do corporativismo, que se multiplicaram, com os sindicatos, e bastonários que se julgam em comissão de serviço dos partidos onde se reveem ou de que são militantes.

Ninguém ficou bem na fotografia. Todos perderam, o Expresso, o Governo, a Ordem dos Médicos e, sobretudo, a democracia, que ficou mais frágil.

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