O gatuno e a vítima (Parábola dominical)
Já participei algumas vezes à polícia os assaltos de fui alvo, um deles do automóvel, que apareceu a menos de 1 km do apartamento onde morava, em Lisboa. Participei outros furtos, sempre por arrombamento do automóvel, e se, por acaso, fossem descobertos os gatunos, sentiria o dever cívico de ajudar as autoridades no combate ao crime.
Tenho pensado no comportamento que teria se um gatuno roubasse informação que me estivesse confiada, devassasse a minha intimidade e percorresse a casa ou o gabinete da empresa onde trabalhei, e tivesse a sorte de a polícia descobrir o autor.
Se tivesse a felicidade acrescida de ser chamado por um qualquer DIAP para apresentar queixa, por se tratar de um crime semipúblico ou particular, e a ação penal exigir queixa do ofendido, não hesitaria a fazê-lo.
Contrariamente a pessoas cujo espírito cristão as impele para o perdão, mesmo tendo os bens à sua guarda vasculhados, eu seria implacável. Nunca abdicaria de cooperar com a Justiça na repressão ao crime e punição do criminoso, a menos que me fossem furtados filmes que me envergonhassem, imagens que pusessem em causa a minha dignidade, mensagens que me expusessem ao ridículo ou indiciassem práticas de crimes de que eu próprio pudesse vir a ser acusado.
E nunca o faria para proteger um delinquente ou para me aproveitar de outros furtos que o prevaricador tivesse cometido noutros assaltos e violações de correspondência.
Sou obrigado a reconhecer que a fé conduz as pessoas a atos de benevolência de que eu seria incapaz.
Apostila - Ao referir atos de piedosa benevolência não estou a pensar em ninguém, em particular.
Tenho pensado no comportamento que teria se um gatuno roubasse informação que me estivesse confiada, devassasse a minha intimidade e percorresse a casa ou o gabinete da empresa onde trabalhei, e tivesse a sorte de a polícia descobrir o autor.
Se tivesse a felicidade acrescida de ser chamado por um qualquer DIAP para apresentar queixa, por se tratar de um crime semipúblico ou particular, e a ação penal exigir queixa do ofendido, não hesitaria a fazê-lo.
Contrariamente a pessoas cujo espírito cristão as impele para o perdão, mesmo tendo os bens à sua guarda vasculhados, eu seria implacável. Nunca abdicaria de cooperar com a Justiça na repressão ao crime e punição do criminoso, a menos que me fossem furtados filmes que me envergonhassem, imagens que pusessem em causa a minha dignidade, mensagens que me expusessem ao ridículo ou indiciassem práticas de crimes de que eu próprio pudesse vir a ser acusado.
E nunca o faria para proteger um delinquente ou para me aproveitar de outros furtos que o prevaricador tivesse cometido noutros assaltos e violações de correspondência.
Sou obrigado a reconhecer que a fé conduz as pessoas a atos de benevolência de que eu seria incapaz.
Apostila - Ao referir atos de piedosa benevolência não estou a pensar em ninguém, em particular.
Comentários
Depois há as causas, o que faz com que se cometam esses delitos. Aqui há um mundo a descobrir e a levar-nos a reflectir sobre a nossa sede de justiça. O que não tem nada a ver com o perdão daqueles cujo Deus é tão justo como misericordioso. Tem a ver com a forma como a nossa sociedade está estruturada, com o contributo de cada um de nós ..
Um bom domingo.