M. – O PR (16) O traquinas
Ontem os comentaristas passaram a tarde desorientados a construírem os cenários que M. – O PR tinha desenhado.
No Palácio de Belém, M. – O PR esperava servir ao PM a Vichyssoise
que guardara no frigorífico e o PM informou-o de que não tolerava que fosse ele
a decidir a constituição do seu Governo.
Os comentadores saíram frustrados e houve quem sugerisse que
o PM queria eleições, como se quem dispõe de maioria absoluta na AR quisesse eleições
antecipadas para passar a dispor, na melhor das hipóteses, de maioria simples.
Entre a espada e a parede o PM escolheu a primeira. Talvez
lembrado da impiedade com que o conspirador M. – O PR demitiu prepotentemente Constança
Urbano do MAI nos fogos de Pedrógão.
Afinal, o PM ultrapassou a suposta linha vermelha que os
comentadores, incluindo M. – O PR, imaginavam poder ser traçada pelo narcisista
Marcelo.
Na incerteza do desfecho eleitoral, M. – O PR estrebuchou e
disse que discordava, mas percebeu finalmente que a azia de ter um governo com
maioria absoluta na AR é uma inevitabilidade até ao dia em que arrisque dissolve-la
e assumir os custos políticos.
M. – O PR é o que é, e a partir de agora pode continuar a
faltar ao respeito que deve a si próprio e ao Governo, mas suportando os custos
das intrigas e conspirações em que se envolve. Terá o apoio dos colegas
comentadores, mas sabe que tem um adversário que não se envolve em traquinices e
que terá de respeitar.
Ontem, António Costa deu uma lição de política ao menino traquinas que não sabe comportar-se.
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