M. – O PR 17 O Oposicionista
“O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do Primeiro-Ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à percepção [sic] deles resultante por parte dos Portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.
Este é o infeliz comunicado de M. – O PR que, antes de o PM
terminar a comunicação da sua decisão ao País, já estava afixado na página da Presidência
da República.
M. – O PR ficou tão enxofrado com a decisão do PM que usou a
ortografia brasileira em vez da portuguesa para comunicar a discordância que
não tem o direito de verbalizar e, muito menos, de usar para manter unida a sua
tropa contra o Governo.
M. – O PR manifestou no discurso de posse a incomodidade com
a maioria absoluta do PS e, logo ali, denunciou a sua agenda. Com este
comunicado, sem coragem nem pretexto para dissolver a AR, manifestou que
continuará a vociferar contra o Governo num apelo pungente para que o ajudem a
desgastar o adversário e a manter a liderança da oposição de direita que
abusivamente assumiu. Os média ouviram-no, aliás.
O PM nunca interferiu na área de competências do PR e a
reciprocidade não se verifica. Quem esperava a subversão dos resultados
eleitorais à boleia de M. – O PR está agora dececionado com ele.
Como não percebo de infraestruturas aeroportuária, nem de
lagares de azeite ou outras, não sei avaliar a competência técnica do ministro
da tutela, mas sinto o odor a dinheiro dos interesses que se jogam nos
bastidores onde se adia o aeroporto e se tecem intrigas contra o ministro.
M. – O PR tem de conter-se. Não pode continuar a desafiar o
PM com a certeza de que, no dia seguinte, a imprensa propague que é o PM que
desafia o PR.
Comentários