A guerra na Ucrânia

Mesmo para quem discorda da política da UE quanto à guerra na Ucrânia,  o comunicado conjunto de António Costa e Ursula von der Leyen merecia mais atenção dos media.

Será já influência de António Costa para a UE enveredar por política externa sem vassalagem aos EUA?

Comentários

JA disse…
Gostava muito de poder concordar com o seu optimismo quanto ao papel positivo que António Costa poderá desempenhar no seio da UE. Acontece que da declaração a que se refere só com muita boa vontade (e crença no homem) é que se pode vislumbrar qualquer sentido de independência relativamente aos EUA; não me parece que o desejo manifestado de "alargar a nossa rede mundial de parcerias" justifique qualquer esperança na actuação do dito par. Pela minha parte, ficaria mais confiante nas potencialidades do homem se, enquanto presidente do Conselho Europeu, viesse afirmar o seu distanciamento da visão oficial "borelliana", nunca desmentida, de que, no mundo, de um lado está o "jardim" e do outro a "selva". Dos "excepcionalismos" parece estar o mundo farto e se o "jardim" pretende aniquilar a "selva", não pode estranhar-se que a "selva" queira exterminar o "jardim". O mundo é diverso, e ainda bem. Respeitemo-nos, pois, nas nossas diferenças; aprendamos uns com os outros e procuremos resolver os problemas daí decorrentes com o recurso à diplomacia. É que, a julgar pelo que se tem passado no ocidente, nestes tristes anos de guerra, se calhar já não fará todo o sentido dividir o mundo de modo simplista entre democracias e autocracias.
Reconheço a pertinência do que diz, mas ainda quero acreditar que António Costa pode ser um elemento de moderação nesta deriva belicista da Europa. Começou mal, mas o distanciamento dos EUA é a única forma de procurarmos manter regimes democráticos.
JA disse…
Concordo consigo sobre a necessidade imperiosa da UE se autonomizar dos interesses dos EUA, se quiser ter alguma relevância mundial. Duvido que assim seja. Suponho que o novo mandato de Trump se vai encarregar de mostrar à saciedade que as fidelidades caninas vão muito para lá das circunstâncias de qualquer presidente que tome assento na Casa Branca e que sempre cumprirá os desígnios de quem manda lá na terra.

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