Notas soltas - Abril/2005
Zimbabué – As eleições foram, como em qualquer ditadura, uma fraude; o povo morre de fome e de SIDA; o velho déspota Robert Mugabe continua a política de terror. Acontece em África como em qualquer outro continente.
Itália – A esquerda, liderada por Romano Prodi, conquistou 11 das 13 regiões em disputa e obteve 52,9% dos votos, enquanto a direita recuou a nível regional, provincial e municipal. A «Força Itália», de Berlusconi, reduziu-se a uns humilhantes 18,4%.
João Paulo II – Causou grande consternação entre católicos a morte do papa que há 26 anos dirigia a Igreja. O seu legado apostólico divide profundamente os sectores progressistas e os reaccionários que dominam a Cúria romana.
PSD – Depois de dois líderes falhados, Marques Mendes é uma solução credível. Competente, determinado e sério, tem mérito para chefiar um Governo mas os inimigos que o apoiaram já pensam em derrubá-lo. O desgaste interno começou no congresso.
António Borges – É o nado-morto de há cinco anos, que o grupo Impresa insiste em promover a salvador da Pátria. Protegido de Marcelo, Balsemão, Leonor Beleza e Manuela Ferreira Leite, tem a bênção de Cavaco mas falta-lhe densidade política.
União Europeia – O NÃO francês ao tratado constitucional ganha força. A insatisfação social, a hostilidade ao Governo e a oposição à entrada da Turquia pesam na decisão que terá consequências imprevisíveis para a Europa.
Mónaco – Faleceu Rainier III, após 55 anos de reinado. Os súbditos amavam o príncipe autoritário e vitalício, graças à segurança e bem-estar apoiados no dinheiro suspeito que aflui ao principado – paraíso fiscal e sede do casino de Monte Carlo.
Supremo Tribunal de Justiça – O Presidente, no acto de posse, ameaçou o Governo de «estar a comprar uma guerra» ao reduzir as férias judiciais. O desafio, com tiques sindicais e corporativos, compromete o prestígio e respeito do STJ.
Durão Barroso – O cruzeiro com que um milionário grego, seu amigo, o obsequiou, tal como fizera antes Pereira Coutinho, quando era primeiro-ministro, embaraça o presidente da Comissão Europeia e deteriora a sua imagem.
Bento XVI – Foi moderada a euforia dos católicos com a eleição do novo papa. A Graça do Espírito Santo recaiu, como previsto, no Prefeito do ex-Santo-Ofício. Desde 1523 que a Igreja católica não confiava a defesa da fé à guarda de um pastor alemão.
Lisboa – A luta entre Santana Lopes e Carmona Rodrigues, duas faces da mesma moeda, é mais um episódio na desastrada caminhada de quem fez de Lisboa trampolim para outros voos e partiu em S. Bento as asas para Belém.
Espanha – O apelo do Vaticano aos funcionários públicos, para que recusem a celebração de casamentos homossexuais, «mesmo que percam o emprego», é uma ingerência intolerável e a manifestação do pior clericalismo.
Timor – A luta dos bispos contra o carácter facultativo do ensino religioso nas escolas públicas e o desafio ao Governo legal, denuncia o carácter antidemocrático e a vocação totalitária da Igreja católica, a que não é alheio o contágio islâmico.
Sílvio Berlusconi – A remodelação ministerial, face à derrota eleitoral, era fatal. Buttiglione, o rejeitado comissário europeu, misógino, beato e reaccionário, é ministro da Cultura. O elenco dificilmente se mantém até às eleições de 2006.
CDS – O congresso de 23 e 24 de Abril teve valor simbólico. A data foi uma metáfora do CDS, adequada ao pensamento político e a 31 anos de saudade. O desfecho foi divertido e inesperado. A derrota de Telmo Correia arrastou Paulo Portas.
Ribeiro e Castro – A vitória do moderado eurodeputado, arrasou a estratégia de Portas, que deixou o CDS em avançado estado de desagregação e aguarda a oportunidade para um regresso que lhe permita mais altos voos.
25 de Abril – Por maior ressentimento e ingratidão que alguns manifestem, será sempre um dos feitos mais gloriosos da nossa História e o dia da Revolução em que os militares devolveram a liberdade a Portugal.
USA – A popularidade de Bush – segundo sondagem do Washington Post – está em queda, com apenas 47% dos americanos a apoiá-lo, percentagem que desce para 40% na área económica. Adivinham-se resultados piores na Europa e, sobretudo, no Iraque.
Europa – O maior avião comercial do mundo – A 380 – é uma vitória da Airbus sobre a sua rival Boeing, uma manifestação da capacidade europeia para ombrear com o gigante americano cuja supremacia é uma fatalidade perante uma Europa dividida.
Monumento ao 25 de Abril em Almeida – A reunião entre a comissão, o IPPAR e a CMA, em 27/4, mostrou a impossibilidade de implantar o monumento criado no local aprovado. O IPPAR e a CMA propuseram soluções alternativas para viabilizar um monumento ao 25 de Abril e reiteraram o empenho na busca de uma rápida solução.
Itália – A esquerda, liderada por Romano Prodi, conquistou 11 das 13 regiões em disputa e obteve 52,9% dos votos, enquanto a direita recuou a nível regional, provincial e municipal. A «Força Itália», de Berlusconi, reduziu-se a uns humilhantes 18,4%.
João Paulo II – Causou grande consternação entre católicos a morte do papa que há 26 anos dirigia a Igreja. O seu legado apostólico divide profundamente os sectores progressistas e os reaccionários que dominam a Cúria romana.
PSD – Depois de dois líderes falhados, Marques Mendes é uma solução credível. Competente, determinado e sério, tem mérito para chefiar um Governo mas os inimigos que o apoiaram já pensam em derrubá-lo. O desgaste interno começou no congresso.
António Borges – É o nado-morto de há cinco anos, que o grupo Impresa insiste em promover a salvador da Pátria. Protegido de Marcelo, Balsemão, Leonor Beleza e Manuela Ferreira Leite, tem a bênção de Cavaco mas falta-lhe densidade política.
União Europeia – O NÃO francês ao tratado constitucional ganha força. A insatisfação social, a hostilidade ao Governo e a oposição à entrada da Turquia pesam na decisão que terá consequências imprevisíveis para a Europa.
Mónaco – Faleceu Rainier III, após 55 anos de reinado. Os súbditos amavam o príncipe autoritário e vitalício, graças à segurança e bem-estar apoiados no dinheiro suspeito que aflui ao principado – paraíso fiscal e sede do casino de Monte Carlo.
Supremo Tribunal de Justiça – O Presidente, no acto de posse, ameaçou o Governo de «estar a comprar uma guerra» ao reduzir as férias judiciais. O desafio, com tiques sindicais e corporativos, compromete o prestígio e respeito do STJ.
Durão Barroso – O cruzeiro com que um milionário grego, seu amigo, o obsequiou, tal como fizera antes Pereira Coutinho, quando era primeiro-ministro, embaraça o presidente da Comissão Europeia e deteriora a sua imagem.
Bento XVI – Foi moderada a euforia dos católicos com a eleição do novo papa. A Graça do Espírito Santo recaiu, como previsto, no Prefeito do ex-Santo-Ofício. Desde 1523 que a Igreja católica não confiava a defesa da fé à guarda de um pastor alemão.
Lisboa – A luta entre Santana Lopes e Carmona Rodrigues, duas faces da mesma moeda, é mais um episódio na desastrada caminhada de quem fez de Lisboa trampolim para outros voos e partiu em S. Bento as asas para Belém.
Espanha – O apelo do Vaticano aos funcionários públicos, para que recusem a celebração de casamentos homossexuais, «mesmo que percam o emprego», é uma ingerência intolerável e a manifestação do pior clericalismo.
Timor – A luta dos bispos contra o carácter facultativo do ensino religioso nas escolas públicas e o desafio ao Governo legal, denuncia o carácter antidemocrático e a vocação totalitária da Igreja católica, a que não é alheio o contágio islâmico.
Sílvio Berlusconi – A remodelação ministerial, face à derrota eleitoral, era fatal. Buttiglione, o rejeitado comissário europeu, misógino, beato e reaccionário, é ministro da Cultura. O elenco dificilmente se mantém até às eleições de 2006.
CDS – O congresso de 23 e 24 de Abril teve valor simbólico. A data foi uma metáfora do CDS, adequada ao pensamento político e a 31 anos de saudade. O desfecho foi divertido e inesperado. A derrota de Telmo Correia arrastou Paulo Portas.
Ribeiro e Castro – A vitória do moderado eurodeputado, arrasou a estratégia de Portas, que deixou o CDS em avançado estado de desagregação e aguarda a oportunidade para um regresso que lhe permita mais altos voos.
25 de Abril – Por maior ressentimento e ingratidão que alguns manifestem, será sempre um dos feitos mais gloriosos da nossa História e o dia da Revolução em que os militares devolveram a liberdade a Portugal.
USA – A popularidade de Bush – segundo sondagem do Washington Post – está em queda, com apenas 47% dos americanos a apoiá-lo, percentagem que desce para 40% na área económica. Adivinham-se resultados piores na Europa e, sobretudo, no Iraque.
Europa – O maior avião comercial do mundo – A 380 – é uma vitória da Airbus sobre a sua rival Boeing, uma manifestação da capacidade europeia para ombrear com o gigante americano cuja supremacia é uma fatalidade perante uma Europa dividida.
Monumento ao 25 de Abril em Almeida – A reunião entre a comissão, o IPPAR e a CMA, em 27/4, mostrou a impossibilidade de implantar o monumento criado no local aprovado. O IPPAR e a CMA propuseram soluções alternativas para viabilizar um monumento ao 25 de Abril e reiteraram o empenho na busca de uma rápida solução.
Comentários
» »