Momento de poesia
PROSTITUTA
Procuro-te nos detritos da vazante
das marés que varrem as ruas escuras da cidade ...
Procuro-te no lodo do cais
e o cheiro do cio é mais forte
do que o da maresia ...
E outras sombras
se enlaçam nos limbos
sem esperança de amar ...
Percorro teu corpo ondulado
sem te ver!
Nem sequer conheço o teu nome,
o verdadeiro ...
Sepulto o meu desejo no teu olhar magoado
onde a curva do enjoo se desenha ...
Fico suspenso no prazer comprado,
sem um sinal de remorso
de não te ter amado!...
Alexandre de Castro - Lisboa, Maio de 1986
Registado: IGAC/MC- 5467/2004
Procuro-te nos detritos da vazante
das marés que varrem as ruas escuras da cidade ...
Procuro-te no lodo do cais
e o cheiro do cio é mais forte
do que o da maresia ...
E outras sombras
se enlaçam nos limbos
sem esperança de amar ...
Percorro teu corpo ondulado
sem te ver!
Nem sequer conheço o teu nome,
o verdadeiro ...
Sepulto o meu desejo no teu olhar magoado
onde a curva do enjoo se desenha ...
Fico suspenso no prazer comprado,
sem um sinal de remorso
de não te ter amado!...
Alexandre de Castro - Lisboa, Maio de 1986
Registado: IGAC/MC- 5467/2004
Comentários
Será que este poema é libertador e denunciante? ou antes pelo contrário, é um forte impulso para a confissão........
É uma pena....