Das Festividades do Solstício de Inverno …

Monumento celta de Stonehenge, sul da Inglaterra, dedicado ao Solstício de Inverno.

Em termos bíblicos, a natividade do cristianismo surge num ambiente da mais extrema pobreza, numa espécie de estábulo, em que todos compartilhavam a mais ascética postura.
Os anunciados Reis Magos chegam mais tarde, com odoríferas e exóticas oferendas e, esse facto, mítico – como de resto toda a encenação desta natividade cristã - acabou por dominar esta quadra festiva, transformando-a, deste modo, na mais pura exaltação do consumismo.
Finalmente, e em jeito de aparte, o anunciado fim da crise veio – para alguns - possibilitar a manutenção desta tradição.

Hoje, em muitos lares deste País, reúne-se a família, impregna-se o ambiente de um volátil e efémero "espírito natalício"(?) e, paralelamente, monta-se uma grandiosa feira de inutilidades e de vaidades, especialmente dirigida às crianças – futuros consumidores. O circulo para assegurar este motu continuo consumista está montado para os tempos vindouros.

Mas, na verdade, o Natal não será mais que o aproveitamento religioso das festividades pré-cristãs do Solstício de Inverno, onde se celebrava o renascimento da vida, se realizavam serões familiares, a preparação dos próximos casamentos, a matança do porco (animal simbólico da civilização celta), etc., …

Hoje, longe do significado das suas origens, os crentes celebram o sentido religioso da natividade e, por inércia, quase todos – de um modo ou de outro – refugiamo-nos na tranquilidade recôndita dos nossos lares ou fazemos uma incursão aos recantos dos nossos antepassados e… entramos (empurrados ou conscientemente) na “onda do consumo”.

Boas Festividades… para todos!

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