Misturar alhos com bugalhos …
As organizações de Direita, sejam elas partidos políticos, associações, fundações, etc. fazem coro na repetitiva afirmação de que a prioridade do País é o desemprego, o aumento do PIB, a diminuição do deficit orçamental, o corte nas despesas públicas, etc…
Um “chorrilho” de lugares comuns que estamos cansados de ouvir e que se acentuaram com a actual crise financeira, originária das práticas político-económicas neo-liberais, coisa que evitam referir…
Mas o elencar destas prioridades, absolutamente consensuais, não vem sozinho. Cola-se a estes clichés de vulgaridade política, o repisar de diagnósticos já feitos e refeitos, a condenação de qualquer mudança, ou melhor, do avanço no campo dos direitos cívicos, reprovando (ou exorcisando) os profanos políticos, ou cidadãos, que ousem pensar, defender ou apoiar medidas legislativas no sentido de propor os casamentos homossexuais.
Portanto, resta-nos esperar que, um dia, nos expliquem onde os casamentos homossexuais chocam, por exemplo, com o Orçamento Geral do Estado, o instrumento fundamental para desenvolver as políticas económicas, de emprego, enfim, o estimular da retoma, que tanto parece ocupar a mente dos reaccionários de Direita.
Ou devemos esperar que, em Janeiro próximo, a Direita, quando da discussão do OGE, esteja pronta para torpedeá-lo, alterá-lo, bloqueá-lo, etc…
Então veremos quem estará a dar uma valente machadada na prioridade das prioridades!
Ou, por outros caminhos, os arautos do puritanismo cívico e social, os guardiães dos bons costumes, os fiéis ao catecismo, os probos defensores de uma cultura agarrada a motivações atávicas, ao pretenderem referendar os casamentos homossexuais não estão a despoletar mais e novas despesas públicas?
Quanto custa realizar um referendo, absolutamente dispensável, já que ninguém nega a competência e a legitimidade da AR para decidir sobre este assunto?
Se fossemos demagogos, como a Direita é, diríamos que o dinheiro a gastar com um referendo deveria ser endossado para os desempregados, os excluídos sociais, os famintos, etc.
Porque, de facto, a alteração do Código Civil, de modo a permitir os casamentos homossexuais, não é uma obsessão, que nos obrigue a esquecer o desemprego, a recessão, etc…, nem custará ao Estado rios de dinheiro…como a demagogia populista da Direita, sustentada publicamente nos diktats congeminados pela ICAR, pretende fazer passar na sua equívoca e desleal mensagem.
A argumentação política não pode navegar ao sabor dos ventos, nem ficar agarrada ao passado. A Direita um dia aprenderá isso!
Um “chorrilho” de lugares comuns que estamos cansados de ouvir e que se acentuaram com a actual crise financeira, originária das práticas político-económicas neo-liberais, coisa que evitam referir…
Mas o elencar destas prioridades, absolutamente consensuais, não vem sozinho. Cola-se a estes clichés de vulgaridade política, o repisar de diagnósticos já feitos e refeitos, a condenação de qualquer mudança, ou melhor, do avanço no campo dos direitos cívicos, reprovando (ou exorcisando) os profanos políticos, ou cidadãos, que ousem pensar, defender ou apoiar medidas legislativas no sentido de propor os casamentos homossexuais.
Portanto, resta-nos esperar que, um dia, nos expliquem onde os casamentos homossexuais chocam, por exemplo, com o Orçamento Geral do Estado, o instrumento fundamental para desenvolver as políticas económicas, de emprego, enfim, o estimular da retoma, que tanto parece ocupar a mente dos reaccionários de Direita.
Ou devemos esperar que, em Janeiro próximo, a Direita, quando da discussão do OGE, esteja pronta para torpedeá-lo, alterá-lo, bloqueá-lo, etc…
Então veremos quem estará a dar uma valente machadada na prioridade das prioridades!
Ou, por outros caminhos, os arautos do puritanismo cívico e social, os guardiães dos bons costumes, os fiéis ao catecismo, os probos defensores de uma cultura agarrada a motivações atávicas, ao pretenderem referendar os casamentos homossexuais não estão a despoletar mais e novas despesas públicas?
Quanto custa realizar um referendo, absolutamente dispensável, já que ninguém nega a competência e a legitimidade da AR para decidir sobre este assunto?
Se fossemos demagogos, como a Direita é, diríamos que o dinheiro a gastar com um referendo deveria ser endossado para os desempregados, os excluídos sociais, os famintos, etc.
Porque, de facto, a alteração do Código Civil, de modo a permitir os casamentos homossexuais, não é uma obsessão, que nos obrigue a esquecer o desemprego, a recessão, etc…, nem custará ao Estado rios de dinheiro…como a demagogia populista da Direita, sustentada publicamente nos diktats congeminados pela ICAR, pretende fazer passar na sua equívoca e desleal mensagem.
A argumentação política não pode navegar ao sabor dos ventos, nem ficar agarrada ao passado. A Direita um dia aprenderá isso!
Comentários
Este post é a cirurgia necessária para o populismo.