Para memória futura - DN
CELEBREMOS (embora com um dia de atraso) O DIA DO BEIJO
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A FRASE
«Agora, com pena o digo, não tenho qualquer dúvida que [Marcelo Rebelo de Sousa] vai ficar na História como o pior presidente de todos». (Lida no blogue Causa Nossa, Vital Moreira)
A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Depois do escândalo das escutas sempre pensei que se demitisse.
Agora já penso que tudo é possível.
Sem memória e incapaz de interpretar posições políticas.
De facto, se Cavaco Silva caíu no ranking de popularidade devido ao inefável "escândalo das escutas", a nomeação de Fernando Lima para a sua Casa Civil, deveria ter um efeito contrário ao que parece verificar-se...
Neste País temperado (não gosto do termo "brandos costumes") uma tempestade (política) pode parecer que derruba tudo, inclusive ambições futuras, mas o clima ameno e suave evita o irremediável apodrecimento das situações.
E a futura romagem pelo País na peugada de Bento 16 será uma penitência - inconcebível num Estado laico - mas que funcionará como uma penitência, limpando-o dos pecadilhos políticos passados e futuros...
E assim anda este País...