CHINA: execução de cidadão britânico
O primeiro ministro-britânico, Gordon Brown, revelou, hoje, que as autoridades chinesas executaram, através de administração de uma injecção letal, o cidadão britânico Akmal Shaikh, condenado à morte por tráfico de droga.
Gordon Brown condenou com firmeza a execução de Shaikh e mostrou-se escandalizado e decepcionado que os pedidos de clemência das autoridades britânicas não tivessem sido ouvidos.
Mais, o primeiro ministro-britânico, declarou: “Estou particularmente preocupado pelo facto de não ter sido efectuada qualquer tipo de avaliação da saúde mental do condenado.” Registe-se que, segundo informações veiculadas pelos familiares e amigos de Akmal Shaikh, o mesmo sofria de perturbações mentais.
Akmal Shaikh foi detido em Setembo de 2007 na província de Xinjiang (NW da China) e acusado de ter em sua posse 4 Kg de heroína.
Segundo a ONG Reprieve (http://www.reprieve.org.uk/2009_12_29_akmal_shaikh_executed), Shaikh é o primeiro cidadão europeu executado na China, nos últimos 50 anos.
Esta ONG solicitou às autoridades chinesas, em Abril de 2009, a avaliação da saúde mental do condenado por um especialista local. Tal pretensão foi inicialmente aceite e depois recusada. Face a este insucesso, um mês depois, a referida ONG custeou a deslocação do Dr Peter Schaapveld, previamente autorizado a encontrar-se com Akmal, mas depois da sua chegada, este encontro foi cancelado.
A Corte Suprema de Justiça chinesa que, de motu proprio, considerou Akmal Shaikh imputável pelo crime de era acusado, acrescentou: “ Os crimes são tratados de igual modo perante a lei, qualquer que seja a nacionalidade”. E acrescentou: “ a pena de morte para crimes extremamente sérios e perigosos no diz respeito ao tráfico de drogas permite instalar o medo nos prevaricadores e evitar esses crimes…”
Bem, o propósito de defender a barbárie que representa a pena de morte como medida preventiva da "criminalidade pesada", nomeadamente, contra os homicídios (que não é o caso presente), tem sido largamente discutida.
A experiência histórica dos países que ainda têm ou que aboliram a pena de morte deve ser permanentemente interpelada em termos humanitários e filosóficos e, finalmente, questionada a sua eficácia preventiva.
Na verdade, para os que são insensíveis aos argumentos humanitários, como é o caso da China, torna-se mais fácil alimentar a espiral da violência, respondendo à criminalidade “pesada”, com outros crimes perpetrados pelo Estado – as execuções.
Na verdade, se a pena de morte fosse dissuasora de novos crimes, os Países que, desgraçadamente, ainda a mantêm, teriam acabado com a grande criminalidade. Logo, a verdade pode ser outra: a criminosa aplicação da pena de morte, gera mais crimes. É uma paradoxal resposta à espiral da violência dos indivíduos versus o autoritarismo do Estado.
Enfim, vira-se o feitiço contra o feiticeiro...
Gordon Brown condenou com firmeza a execução de Shaikh e mostrou-se escandalizado e decepcionado que os pedidos de clemência das autoridades britânicas não tivessem sido ouvidos.
Mais, o primeiro ministro-britânico, declarou: “Estou particularmente preocupado pelo facto de não ter sido efectuada qualquer tipo de avaliação da saúde mental do condenado.” Registe-se que, segundo informações veiculadas pelos familiares e amigos de Akmal Shaikh, o mesmo sofria de perturbações mentais.
Akmal Shaikh foi detido em Setembo de 2007 na província de Xinjiang (NW da China) e acusado de ter em sua posse 4 Kg de heroína.
Segundo a ONG Reprieve (http://www.reprieve.org.uk/2009_12_29_akmal_shaikh_executed), Shaikh é o primeiro cidadão europeu executado na China, nos últimos 50 anos.
Esta ONG solicitou às autoridades chinesas, em Abril de 2009, a avaliação da saúde mental do condenado por um especialista local. Tal pretensão foi inicialmente aceite e depois recusada. Face a este insucesso, um mês depois, a referida ONG custeou a deslocação do Dr Peter Schaapveld, previamente autorizado a encontrar-se com Akmal, mas depois da sua chegada, este encontro foi cancelado.
A Corte Suprema de Justiça chinesa que, de motu proprio, considerou Akmal Shaikh imputável pelo crime de era acusado, acrescentou: “ Os crimes são tratados de igual modo perante a lei, qualquer que seja a nacionalidade”. E acrescentou: “ a pena de morte para crimes extremamente sérios e perigosos no diz respeito ao tráfico de drogas permite instalar o medo nos prevaricadores e evitar esses crimes…”
Bem, o propósito de defender a barbárie que representa a pena de morte como medida preventiva da "criminalidade pesada", nomeadamente, contra os homicídios (que não é o caso presente), tem sido largamente discutida.
A experiência histórica dos países que ainda têm ou que aboliram a pena de morte deve ser permanentemente interpelada em termos humanitários e filosóficos e, finalmente, questionada a sua eficácia preventiva.
Na verdade, para os que são insensíveis aos argumentos humanitários, como é o caso da China, torna-se mais fácil alimentar a espiral da violência, respondendo à criminalidade “pesada”, com outros crimes perpetrados pelo Estado – as execuções.
Na verdade, se a pena de morte fosse dissuasora de novos crimes, os Países que, desgraçadamente, ainda a mantêm, teriam acabado com a grande criminalidade. Logo, a verdade pode ser outra: a criminosa aplicação da pena de morte, gera mais crimes. É uma paradoxal resposta à espiral da violência dos indivíduos versus o autoritarismo do Estado.
Enfim, vira-se o feitiço contra o feiticeiro...
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