Finalmente…
Finalmente, um ar de bom senso: O Governo compreendeu que tem assumir a liderança das negociações com as instituições europeias sobre o pedido de ajuda externa. link
Na realidade a imagem que diariamente transmitimos ao exterior, nomeadamente à UE, tem sido confrangedora. Fomos enviando - durante este curto lapso de tempo de crise política - para os nossos parceiros europeus, um conjunto de sinais e sugestões absolutamente descoordenados, sem qualquer tipo de articulação e desconchavados. A começar por um Governo que evidencia um nítido mau estar porque se sente “empurrado” para esta situação; passando pelo principal partido da oposição [PSD] que saudando o pedido de ajuda externa pretendia adiar as negociações para depois das eleições, por uma questão de conforto eleitoral; à rejeição pura e simples desta metodologia pelos partidos à Esquerda do PS, sem apresentar qualquer alternativa consistente de acordo com a gravidade da situação; às ameaças dos banqueiros que realizam reuniões “secretas”, publicamente divulgadas; terminando no Presidente da República que aparentemente se colocou acima deste processo mas, por conta própria, tentou negociar [com o FMI ?] um "auxílio de emergência intercalar"..., existiram manobras de bastidor para todos os gostos e feitios.
No exterior, esta imagem de barafunda e de confusão só pode prejudicar as negociações e fazer subir a “parada” das exigências, perante a olímpica indiferença do FMI e uma Europa que indicia de ter perdido a paciência e… alguma compostura.
Chegados aqui resta-nos fazer os trabalhos de casa, intramuros, da melhor maneira…
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