Um interminável rebabofe ou o nexo causa-efeito...

A Fitch cortou o rating de Portugal em três níveis, de «A-» para «BBB-», ficando assim apenas a um nível de distância da classificação de «lixo» [*]. Razão: “A iminência de um pedido de ajuda externa foi o gatilho” para o corte da notação, um dia depois do Presidente da República ter convocado eleições antecipadas para 5 de Junho….” link


Bem, como se tem verificado, desde o cancelamento do acesso ao FEEF [pelo “chumbo” do PEC IV], o anúncio da demissão do Governo, a marcação de eleições antecipadas, começou o rodopio de cortes no rating da República e dos principais bancos nacionais.


O PSD continua a insistir que o problema não é de agora, é antigo. Na realidade, a verdade nunca é absoluta. De facto, o nosso problema financeiro não começou há 15 dias. Nem as posições controversas e as actuações cirúrgicas das agências de rating são de agora. Mas o regabofe colou-se à crise política.


Mas como explicar esta súbita explosão de cortes?


Como uma reacção positiva dos mercados ao derrube do Governo?

Ou, como algumas vozes avisaram, a instauração de uma crise política, nesta altura, seria trágica para o País?

Ou será, cada vez mais evidente, para os portugueses, uma incontornável relação causa-efeito, neste súbito e desvairado "cerco financeiro" ao País?


[*] – A classificação “lixo”, na prática, bloqueia ao Estado português o acesso aos mercados financeiros.

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