A sobrevida da UE …
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Mais uma vez desvaloriza-se as causas para enfatizar efeitos. Os problemas orçamentais da Europa não nascem – como se ouve dizer por todo o lado – exclusivamente da ligeireza, da irresponsabilidade ou da libertinagem perdulária dos países do sul, periféricos, etc. As suas raízes são mais profundas. Tem a ver com um defraudado projecto de união. Provavelmente, começou-se às avessas.
A união monetária não deveria ter precedido a concertação política, a convergência económica, o equilíbrio financeiro e o ajustamento fiscal. Enfim, a UE teria, necessariamente, de começar pela sua federação. A Zona Euro é, para muitos europeus, uma precipitação com elevados custos. Serviu para vender ao desbarato ilusões que o desenrolar do tempo mostrou serem inviáveis. Hoje, alguns países da UE, vivem essas inviabilidades. Outros, impõem regras [ainda] norteadas por conceitos monetaristas e orçamentais.
Não sobreviveremos se insistirmos neste percurso. Torna-se imperioso regressar à “causa das coisas”.
Não podemos continuar a tomar a nuvem por Juno…
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