Notas Soltas - Março/2011
Brasil – A eleição da primeira mulher para a presidência da República é mais uma nota de modernidade no imenso país que Lula da Silva resgatou à pobreza e colocou na vanguarda do desenvolvimento económico, político e social.
Magrebe – As revoltas espontâneas que libertaram a Tunísia e o Egipto de velhos ditadores, contagiaram o mundo islâmico e correspondem a uma genuína aspiração de liberdade mas, se a bússola continuar virada para Meca, assomam novas ditaduras.
Espanha – O julgamento do juiz Baltasar Garzón por investigar os crimes do franquismo desacredita a Audiência Nacional e transforma os julgadores em cúmplices de ocultação de crimes contra a humanidade que a jurisprudência internacional considera imprescritíveis.
ETA – Cada vez que o grupo terrorista anuncia o fim da luta armada, depois de um milhar de mortos que já carrega, aparecem novos arsenais e preparativos para outros crimes que a polícia tem desarticulado com notável eficácia.
Presidência da República – O discurso de posse de Cavaco, na linha do que proferiu na noite da vitória, revela um homem cheio de ressentimentos e desejos de vingança que não condizem com as funções cuja titularidade renovou.
Fernando Lima – Nomeado assessor político pelo PR depois de, no anterior mandato, ter protagonizado o caso das escutas, forjado para atacar o Governo, deixa perplexo quem esperava do Presidente o último mandato sem mácula.
Japão – O mais brutal terramoto, seguido de um violentíssimo maremoto e de fugas radioactivas em centrais nucleares, lançaram a tragédia e o luto no país mais bem preparado para este tipo de catástrofes.
Itália – Há muitas razões para condenar Berlusconi: fugas ao fisco, subornos, leis à medida, domínio da comunicação social e a maior fortuna italiana mas o julgamento das relações com uma deslumbrante marroquina afigura-se um caso de perseguição judicial a quem foi eleito para governar e não para ser casto.
Manifestação – A «geração à rasca», a mais qualificada de sempre, e com tão poucas oportunidades, deu uma lição de civismo e mostrou que tem mais força do que ela própria acreditava.
Líbia – A repressão é, de facto, a melhor vacina contra a insurreição (quem viveu no salazarismo, sabe) mas foi injusto deixar massacrar o povo revoltado contra um déspota que não hesitou em chaciná-lo. Demorou a ingerência humanitária.
Submarinos – Já ninguém duvida dos subornos e da sua dimensão. Falta apurar quem beneficiou com o negócio de Portas, condenar os corruptos e tirar ilações políticas. Não é pedir muito.
PEC – O comportamento das agências financeiras, que foram responsáveis pela maior crise das últimas décadas, assemelha-se ao de um grupo de prostitutas organizadas para darem lições de castidade, sem abdicarem da conduta.
Fukushima – Saber que cinquenta homens se suicidam, reduzindo-se a resíduos radioactivos para tentarem salvar o Japão e o mundo de consequências mais dramáticas, mostra que o heroísmo não tem limites e a abnegação é uma dádiva da natureza humana.
França – Enquanto o partido de Sarkozy se apaga nas eleições cantonais, cresce a extrema-direita racista e xenófoba que, um pouco por toda a Europa, é motivo de forte preocupação.
Europa – O ataque à Líbia, legitimado pelos fins humanitários que impediram o extermínio dos manifestantes, encontrou-a sem política comum nem objectivos claros, dependente dos EUA. Os países europeus não superam as divergências.
Eleições – As eleições a meio deste mandato, um acto normal em democracia, resultaram da crispação entre PS e PSD, na pior altura, com custos imprevisíveis. Houve culpa dos dois maiores partidos e falta de autoridade e isenção do PR.
União Europeia – O mais belo projecto colectivo e o mais consistente plano de paz e prosperidade estão a ser minados por egoísmos nacionais e pela falta de líderes com a envergadura dos que a criaram.
Lula da Silva – O doutoramento em Coimbra foi a homenagem justa a um dos grandes políticos do nosso tempo, ao mais bem sucedido presidente brasileiro e a quem melhor compreendeu que o progresso de um país depende da luta contra a pobreza.
Souto Moura – Ao vencer o prémio Pritzker, o mais alto galardão internacional, também designado por Nobel da Arquitectura, acrescenta o seu nome ao de Siza Vieira e mantém a Escola do Porto ao mais alto nível da arquitectura mundial.
Bélgica – O país leva 9 meses sem governo e bateu um perigoso recorde que põs o País à beira do caos sem que o impasse se resolva. Este é o exemplo que Portugal não pode seguir depois de um período dramático em que todos temos responsabilidades.
Parlamento – A sua dissolução não é motivo suficiente para cancelar a sessão comemorativa do 25 de Abril. Podia e devia reunir para homenagear os militares a quem os partidos devem a existência. O povo terá a rua para comemorar.
Magrebe – As revoltas espontâneas que libertaram a Tunísia e o Egipto de velhos ditadores, contagiaram o mundo islâmico e correspondem a uma genuína aspiração de liberdade mas, se a bússola continuar virada para Meca, assomam novas ditaduras.
Espanha – O julgamento do juiz Baltasar Garzón por investigar os crimes do franquismo desacredita a Audiência Nacional e transforma os julgadores em cúmplices de ocultação de crimes contra a humanidade que a jurisprudência internacional considera imprescritíveis.
ETA – Cada vez que o grupo terrorista anuncia o fim da luta armada, depois de um milhar de mortos que já carrega, aparecem novos arsenais e preparativos para outros crimes que a polícia tem desarticulado com notável eficácia.
Presidência da República – O discurso de posse de Cavaco, na linha do que proferiu na noite da vitória, revela um homem cheio de ressentimentos e desejos de vingança que não condizem com as funções cuja titularidade renovou.
Fernando Lima – Nomeado assessor político pelo PR depois de, no anterior mandato, ter protagonizado o caso das escutas, forjado para atacar o Governo, deixa perplexo quem esperava do Presidente o último mandato sem mácula.
Japão – O mais brutal terramoto, seguido de um violentíssimo maremoto e de fugas radioactivas em centrais nucleares, lançaram a tragédia e o luto no país mais bem preparado para este tipo de catástrofes.
Itália – Há muitas razões para condenar Berlusconi: fugas ao fisco, subornos, leis à medida, domínio da comunicação social e a maior fortuna italiana mas o julgamento das relações com uma deslumbrante marroquina afigura-se um caso de perseguição judicial a quem foi eleito para governar e não para ser casto.
Manifestação – A «geração à rasca», a mais qualificada de sempre, e com tão poucas oportunidades, deu uma lição de civismo e mostrou que tem mais força do que ela própria acreditava.
Líbia – A repressão é, de facto, a melhor vacina contra a insurreição (quem viveu no salazarismo, sabe) mas foi injusto deixar massacrar o povo revoltado contra um déspota que não hesitou em chaciná-lo. Demorou a ingerência humanitária.
Submarinos – Já ninguém duvida dos subornos e da sua dimensão. Falta apurar quem beneficiou com o negócio de Portas, condenar os corruptos e tirar ilações políticas. Não é pedir muito.
PEC – O comportamento das agências financeiras, que foram responsáveis pela maior crise das últimas décadas, assemelha-se ao de um grupo de prostitutas organizadas para darem lições de castidade, sem abdicarem da conduta.
Fukushima – Saber que cinquenta homens se suicidam, reduzindo-se a resíduos radioactivos para tentarem salvar o Japão e o mundo de consequências mais dramáticas, mostra que o heroísmo não tem limites e a abnegação é uma dádiva da natureza humana.
França – Enquanto o partido de Sarkozy se apaga nas eleições cantonais, cresce a extrema-direita racista e xenófoba que, um pouco por toda a Europa, é motivo de forte preocupação.
Europa – O ataque à Líbia, legitimado pelos fins humanitários que impediram o extermínio dos manifestantes, encontrou-a sem política comum nem objectivos claros, dependente dos EUA. Os países europeus não superam as divergências.
Eleições – As eleições a meio deste mandato, um acto normal em democracia, resultaram da crispação entre PS e PSD, na pior altura, com custos imprevisíveis. Houve culpa dos dois maiores partidos e falta de autoridade e isenção do PR.
União Europeia – O mais belo projecto colectivo e o mais consistente plano de paz e prosperidade estão a ser minados por egoísmos nacionais e pela falta de líderes com a envergadura dos que a criaram.
Lula da Silva – O doutoramento em Coimbra foi a homenagem justa a um dos grandes políticos do nosso tempo, ao mais bem sucedido presidente brasileiro e a quem melhor compreendeu que o progresso de um país depende da luta contra a pobreza.
Souto Moura – Ao vencer o prémio Pritzker, o mais alto galardão internacional, também designado por Nobel da Arquitectura, acrescenta o seu nome ao de Siza Vieira e mantém a Escola do Porto ao mais alto nível da arquitectura mundial.
Bélgica – O país leva 9 meses sem governo e bateu um perigoso recorde que põs o País à beira do caos sem que o impasse se resolva. Este é o exemplo que Portugal não pode seguir depois de um período dramático em que todos temos responsabilidades.
Parlamento – A sua dissolução não é motivo suficiente para cancelar a sessão comemorativa do 25 de Abril. Podia e devia reunir para homenagear os militares a quem os partidos devem a existência. O povo terá a rua para comemorar.
Comentários
É indigno de um Estado de Direito que não deixe investigar onde estão os mortos assassinados por Franco ou pelos Republicanos.
As pessoas falecidas, como Hitler, Franco, Salazar, Pinochet, Videla, Stalin, Mao, Enver Hoxa e outros criminosos devem se julgados.
Já não aceito, como fazia a Igreja católica, que os desenterrava para os queimar. Pura maldade pia.
Reconhece que Franco foi um assassino, ou não?
Ficámos a conhecê-lo.