Um exemplo sobre as inconcebíveis recomendações do FMI …
Ontem, o periódico espanhol Público, na secção internacional, denunciava um escabroso programa de “anticoncepção cirúrgica voluntária” link, posto em prática no Peru pelo Ministério da Saúde do Governo de Alberto Fujimori (1990-2000), com vista à redução da natalidade.
Mulheres peruanas (estimadas 300.000 vítimas!) foram compelidas a submeterem-se à laqueação das trompas em troca de uns quilos de arroz ou de açúcar. Tratava-se de camponesas, indígenas, pobres, analfabetas …
Este programa [progrom?] resultou da aplicação de uma recomendação do FMI feita ao Governo de Fujimori - apoiada financeiramente pelo Banco Mundial - com o objectivo de reduzir a taxa de natalidade nos meios rurais peruanos.
Entretanto, os executores desta sinistra estratégia [médicos e enfermeiros] desapareceram dos locais do crime. Perante a intervenção de ONG’s peruanas, os dossiers relativos a estas “esterilizações forçadas” chegaram às Comissões de Direitos Humanos do Congresso peruano e, presentemente, “encalharam” na Procuradoria da Nação. Queixas similares foram endereçadas à “Corte Interamericana de Derechos Humanos”… onde aguardam provimento.
Alberto Fujimori cumpre – independentemente desta escabrosa situação - penas de prisão cumulativas por crimes de corrupção, enriquecimento ilícito, evasão de divisas, genocídio, violação de Direitos Humanos, etc., confirmadas pelo Supremo Tribunal peruano.
Quanto a este crime, quer o autor moral [FMI], bem como o respectivo sponser [BM], encontram-se de boa saúde e férteis. Estas duas organizações internacionais não foram incomodadas.
Quanto a este crime, quer o autor moral [FMI], bem como o respectivo sponser [BM], encontram-se de boa saúde e férteis. Estas duas organizações internacionais não foram incomodadas.
O FMI está, neste momento, em Portugal para “ajudar” a resolver uma dramática situação financeira. Esperemos que tenha abandonado estas velhas "soluções" e não opte por laquear as vias de “resgate” do País, transformando, desse modo, este "jardim à beira mar plantado", num árido e infértil barroqueiro…
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